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‘Pensei que me mostrariam provas, mas não tinha nada’, diz Lula após depoimento a Moro

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“Eu pensei que meus acusadores me mostrariam uma escritura, um documento, um pagamento, qualquer prova para dizer que aquele apartamento [o tríplex no Guarujá] é meu”, declarou.
“Eu esperava que, depois de dois anos de massacre, eu chegaria lá e teria a escritura registrada com meu nome no cartório. [Mas não tinha] nada, nada. Só ficaram perguntando se eu conheço o [João] Vaccari [Neto], se eu conheço o Léo Pinheiro. Conheço e não tenho vergonha”, disse.
O ex-presidente contou ainda que gostaria que seu depoimento para Moro fosse transmitido ao vivo para que as pessoas “pudessem olhar nos olhos de quem está perguntando e de quem está respondendo”. “Minha mãe nasceu analfabeta e morreu analfabeta, mas ela sempre dizia: ‘Lula, a gente sabe quando a pessoa está falando a verdade pelos olhos, e não pela boca'”.
“Eu não seria digno de vocês, dos movimentos que aqui estão representados, do carinho que vocês estão tendo comigo, se eu tivesse alguma culpa”, completou. “Prefiro ser atropelado por um ônibus do que mentir para vocês.”
O ex-presidente afirmou ainda que vai comparecer a quantas audiências forem necessárias. “Se tem um brasileiro, um ser humano em busca da verdade, sou eu”, pontuou.
Lula pediu, por fim, respeito à sua família a ele próprio. “Minha mulher morreu, eu tenho cinco filhos e oito netos; eu disse para eles: ‘vocês não respeitam se quer uma criança de quatro anos, que sofre bullying na escola que estuda por conta das mentiras que vocês contam sobre o Lula”.
“Não quero afrontar ninguém, sou um cidadão que respeita as leis, a Constituição e a Justiça; mas uma coisa eu peço: em troca, quero que me respeitem.”
“Não quero ser julgado por interpretações, quero ser julgado por provas.”
Lula adotou ainda um tom pré-eleitoral. “Eu estou vivo e me preparando para voltar a ser candidato a presidente deste País, eu nunca tive tanta vontade como eu tive agora”, afirmou. “Estou com vontade de fazer mais e melhor.”

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