O regime Republicano, no Brasil, completa em 2010, mais de cento e vinte anos. Durante o regime Republicano tivemos uma pletora de presidentes: Marechal Deodoro, Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Hermes da Fonseca, Raniere Mazili, para falar dos mais antigos; Juscelino Kubicheck, Getúlio Vargas, José Sarney, Fernando Collor de Melo, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula da Silva, para se fazer referência aos mais recentes, todos homens.
A partir de 01 de janeiro de 2011, passará a despachar no Palácio do Planalto uma mulher, a primeira mulher Presidente do Brasil, Dilma Roussef, eleita hoje, 31 de outubro de 2010.
Após oito anos do Governo Lula, o Presidente que, quando foi candidato, lançaram-se boatos dizendo-se que iria fechar igrejas,implantar o comunismo e promover a baderna. Sua eleição foi a prova de que A Esperança venceu o medo.
E, contra a candidatura Dilma não foi diferente. A oposição espalhou pela internet que a Dilma era a favor do aborto e que também iria fechar igrejas; que teria dito que nem Deus empataria sua eleição. Como todos os boatos, ficamos sem saber das fontes.
E, para desespero das Revistas Veja e Exame, do Grupo Abril; do jornal Folha de São Paulo, do grupo Folha e da Rede Globo de Televisão, emissora que pretendia, com a eleição de Serra, financiar novos Projacs, pela Caixa Econômica, sem pagar um tostão, como fez no governo FHC, então, para desespero desses meios de comunicação, um quarto poder, a Esperança Venceu o medo.
A primeira mulher presidente do Brasil é mineira e fez carreira política no Rio Grande do Sul. Foi Secretária de Finanças no Estado gaúcho; Ministra das Minas e Energia e Ministra Chefe da Casa Civil em Brasília.
Eleita com mais de 55 milhões de votos proferiu seu primeiro discurso, ao lado do Senador Evangélico Magno Malta, o homem que mais combateu a pedofilia no Brasil, a presidente (ou presidenta, as duas formas estão corretas) prometeu erradicar a pobreza; trazer mais justiça social; diminuir os impostos, “ampliar o simplíssimo”, e construir uma sociedade mais justa e solidária, respeitando a nossa Maior Lei, a Constituição da República Federativa do Brasil.
Segundo analistas políticos a eleição de Dilma foi plebiscitária, ou seja, um recado do povo, às urnas, de aprovação ao governo do Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Se a maioria do povo tivesse elegido o candidato adversário, José Serra, teria sido uma desaprovação ao governo Lula.
A intenção dos que pretendiam derrotar Dilma, produzindo um poderoso sistema de comunicação, incentivando boatos de ordem religiosa (o povo brasileiro é tradicionalmente religioso) caiu por terra diante da soberania popular. O povo mais simples e mais humilde sabe o quanto sua vida melhorou nesses últimos oito anos e deu a resposta merecida nas urnas.
Ao contrário do que disse o atleta do século, numa das eleições passadas, que o povo brasileiro não sabia votar, hoje o que se conclui é que o povo Brasileiro é o mais sábio dos povos, sabe votar e muito bem. Viva o novo Brasil!