O presidente Michel Temer chega ao embate final no plenário da Câmara hoje com um desafio bem maior do que obter os votos para barrar a denúncia da Procuradoria-Geral da República por obstrução de Justiça e organização criminosa, o que até a oposição admite que acontecerá sem maiores dificuldades.
Ele tem como principal desafio dar sentido à segunda metade de seu mandato, que termina em 1° de janeiro de 2019. Hoje, Temer não tem o apoio para aprovar a reforma da Previdência, e seus aliados no Congresso já admitem que o governo vai ter que se contentar com uma pauta microeconômica.
A tropa de choque do governo do peemedebista, que chegou ao Planalto se apresentando como reformista, não vê neste momento possibilidade de se aprovar a reforma da Previdência ou outras matérias que impliquem em mudanças constitucionais, que precisam de 308 dos 513 votos. Em troca, deputados e senadores oferecem apoio a projetos na área de segurança pública, tema capaz de unir governo e oposição. Especialmente num cenário pré-eleitoral.
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