Se a pretensão de Kerginaldo Medeiros, ex-prefeito de Elói de Souza pelo PMDB, for a de voltar à Prefeitura Municipal, ele terá de usar a força política. Isso porque a prestação de contas do mandato dele, relativa ao ano de 2013, foi reprovada pelo Tribunal de Contas do Estado, o TCE.
“Decidem os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, à unanimidade, em consonância com a informação do corpo técnico, e acolhendo integralmente o voto do conselheiro relator (Francisco Potiguar Cavalcanti Júnior), emitir parecer prévio desfavorável à aprovação das contas, da gestão do senhor prefeito Kerginaldo Medeiros de Araújo”, diz o texto da decisão tomada em setembro.
A decisão do TCE ainda não foi apreciada pela Câmara Municipal, o que é aguardado pelos opositores. Na Casa, o ex-prefeito precisa ter o apoio de seis dos nove vereadores. Hoje, ele teria garantido três votos a favor dele. O da vereadora Tim de Juninho tem razões familiares. Ela é nora de Medeiros. Além disso, há o motivo partidário. Ela é do mesmo partido do sogro, o PMDB.
Os outros aliados teriam sido garantidos por intermédio do atual prefeito, Grimalde Ferreira, do PTB. Ele era vice de Kerginaldo Medeiros, que renunciou ao posto em março de 2016, meses antes de concluir o segundo mandato. No pleito daquele ano, Ferreira candidatou-se e se garantiu no poder.
Na Câmara, Grimalde Ferreira tem o primo Maurício da Costa, do PT. Além disso, conta com o vereador Gilberto Lourenço, do PROS. Conforme apurado pela reportagem, ele teria sido eleito como oposicionista, mas aliou-se ao prefeito.
Nos bastidores da Câmara Municipal, Karol Melo, do PP; Edicelma Leite, do PSD; Chico Damião, do Solidariedade; e Edivania Cassimiro, do PHS; já apontaram voto favorável à decisão do TCE, ou seja, desfavorável ao ex-prefeito. O presidente da Casa, Dedé de Chagas, do PC do B, e o vereador Márcio Cunha, do PTB, evitam o assunto.
Por: Portal no Ar
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