Pesquisamos, no sitio do IBGE, informações sobre a nossa cidade.
Consta dos dados informativos que "Foi nos idos de 1866, com o início de um povoamento, numa rica fazenda de criação de gado e com muitas lavouras, de propriedade de Manuel Severiano de Macedo, que nasceu um povoado, no município de São Gonçalo do Amarante com o nome de Riachuelo, em homenagem à famosa batalha naval (Batalha de Riachuelo) a qual o fundador do povoado havia participado como combatente e voluntário da pátria.
"Em 1898, o povoado começava a se consolidar, mais precisamente, com a construção da capela em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus, por iniciativa de Manuel Severiano de Macedo. Como tantos outros municípios, fundados em torno de uma Capela da Religião predominante na época. Hoje, vivemos outros tempos, onde a fé não se resume a uma só crença.
"Foi através da produção do algodão, da criação de gado e da fabricação de queijo que Riachuelo começou a progredir. No ano de 1943, passou a pertencer a São Paulo do Potengi, desmembrando-se no dia 20 de dezembro de 1963, pela Lei n° 3.018. Com a conquista de sua emancipação política, Riachuelo passou a ser um novo município potiguar."
Portanto, 20 de dezembro de 1963 é para Riachuelo uma data histórica, que deveria ser muito bem comemorada. A administração atual, no entanto, fez essa data passar desapercebida.
Ora, ao viajarmos pelo tempo, descobrimos que Riachuelo tem um passado, que começou em 1898, tendo o seu ponto culminante, de emancipação política, em 1963.
O atrativo de um Município é a sua história. Uma boa Administração deve preservar os prédios antigos, considerá-los como Patrimônio Cultural, para que as novas gerações conheçam a História de sua cidade, e se orgulhem da mesma.
Em Riachuelo, no entanto, não restam mais Prédios Históricos, graças à administração atual. Até há bem pouco tempo, havia o Mercado Público, que antes de ser Mercado era uma Capela, um Imóvel que jamais deveria ter sido demolido. Em seu lugar foi construída uma Praça pra lá de estranha: toda em piso de cerâmica, sem nenhum monumento, não tem sequer uma placa, que ninguém sabe para que foi feita. Teria sido para servir como praça de patinação? Mas os jovens de Riachuelo não têm nem emprego, quanto mais um par de Patins!
A Cidade tem ainda potencial para ser muito atrativa, mas não tem alguém, que esteja no poder público, com a mínima criatividade e inteligência para aproveitar o seu potencial.
Nossa cidade já foi uma grande produtora de algodão. Foi conhecida, em nível nacional, como a Terra do Queijo. Hoje, a fama do melhor queijo limita-se ao comércio local.
Trata-se de uma cidade muito bem localizada, por onde passa uma Rodovia Federal, a 304, que dá acesso a Mossoró e Fortaleza e, desse modo, poderia ser muito bem divulgada e conter atrativos turísticos.
Em Riachuelo temos uma Serra! a Serra da Formiga, local onde se pode ver paisagens deslumbrantes, e enxergar várias cidades circunvizinhas. Mas esse potencial também é esquecido. Aliás, essa comunidade é uma das que mais sofrem com a atual administração. Se no Centro da cidade falta água potável constantemente, imagine na Serra da Formiga e demais povoados!
O sítio do IBGE mostra dados atuais sobre a cidade (na verdade os dados são exaustivos) mas o que mais chama a atenção são os índices demográficos e de desenvolvimento social. Em Riachuelo há uma concentração de renda nas mãos de poucas pessoas, 25 habitantes ganham entre 10 a 20 salários mímimos, enquanto que 1.431 habitantes ganham até 01 (um) salário mínimo. E 2.330 pessoas não tem rendimento algum, ou seja, estão abaixo da linha de pobreza.
População em 2009: 7.171 habitantes, que dá uma densidade demográfica de 20 hab/km².
Vejam outros números:
Serviços de Saúde 2005: Estabelecimentos de Saúde total: 3 estabelecimentos
Estatíticas de nascidos vivos em 2008: 124 pessoas.
Casamentos registrados no ano: 16 casamentos.
Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2007
Número de unidades locais: 43 Unidades
Pessoal ocupado total: 470 Pessoas que trabalham, que têm um emprego (sinal de baixíssimo desenvolvimento).
População e Domicílios: Dados do Censo 2000, com divisão territorial 2001
Pessoas residentes há mais de 10 (dez) anos: 5.760 habitantes. Destes, 2.144 são mulheres, e 2.171 homens.
Pessoas residentes - 10 anos ou mais de idade - sem instrução e menos de 1 ano de estudo - municípios vigentes em 2001 - 861 habitantes
Pessoas residentes - rendimento nominal mensal - até 1 salário mínimo - 1.431 habitantes
Pessoas residentes - rendimento nominal mensal - mais de 1 a 2 salários mínimos - 324 habitantes
Pessoas residentes - rendimento nominal mensal - mais de 2 a 3 salários mínimos - 80 habitantes
Pessoas residentes - rendimento nominal mensal - mais de 3 a 5 salários mínimos - 55 habitantes
Pessoas residentes - rendimento nominal mensal - mais de 5 a 10 salários mínimos - 51 habitantes
Pessoas residentes - rendimento nominal mensal - mais de 10 a 20 salários mínimos - 25 habitantes
Pessoas residentes - rendimento nominal mensal - sem rendimento - 2.330 habitantes
Fonte: IBGE, Censo 2000, Estatísiticas de 2008 e 2009. sítio: http://www.ibge.gov.br/ (acessado em 26 de fevereiro de 2010).
A conclusão do nosso estudo é a confirmação do que dissemos em reportagens anteriores, ou seja, Riachuelo parou no tempo, ou melhor, mudou para pior. Não adianta os incorformados alegarem que estamos usando dados do Censo de 2000, mesmo porque há no site do IBGE dados de 2007 a 2009. O Censo é feito a cada dez anos, de modo que neste ano teremos novo censo. Se Deus quiser apresentaremos, também, dados do novo censo, quando faremos uma comparação (embora já saibamos do resultado).