UM RÁPIDO INTERVALO, VEM AÍ MAIS UM PRESENTE DE DEUS!

Ao amigos Internautas, admiradores do blog, meus profundos agradecimentos por essa companhia em 2010. Um ano difícil, um ano de lutas, mas, como diriam os outrora chamados de subversivos dos anos 60/70 com uma frase lapidar: "O que é isso, companheiro???"

Isso é a necessidade de se ausentar por alguns dias para... exprimir a maternidade... focalizar-se, outra vez, sob retinas de médicos obstetras e ouvir o choro da vida. Nosso Filho, Antonio Samuel vem aí.
houve um tempo que uma poetisa brasileira cantou o seguinte: "Estou grávida, grávida de terra, grávida de um beija flor, de um liquidificador... E vou parir um terremoto..." A letra parece muita estranha mas exprime a intensidade do momento. Uma mulher grávida é o mais esplendoroso espetáculo da Vida. O grande milagre acontece. Uma gestação de nove meses, intensa. A metamorfose do corpo. Um ser vivo embalado no ventre, alimentando-se pelo cordão umbilical. Ser mãe tem algo a ver com algo divino. Dizem certos tarimbados teólogos que, na Terra, no Planeta Terra, talvez a única coisa que se assemelhe com o Amor de Deus é o Amor de Mãe.


Talvez seja por isso que os verdadeiros filhos primem, cuidem e privilegiem o amor de suas mães. Ficou na História as mães argentinas na Praça de Maio, chorando pelos seus filhos ausentes. Como explicar o amor de uma mãe. Não se explica, se vive, de modo intenso.
Quando o maior de todos os Mestres veio ao mundo, centenas de crianças menores de dois anos foram sacrificadas. E o poeta profeta da épóca exclamou: "Ouve-se em Ramá choro e lamentações. É Raquel chorando seus filhos, porque já não existem."
E quando o Maior de Todos os Mestres estava carregando a Cruz até o Calvário, viu mulheres chorando pelos seus sofrimentos. Parou a caminhada dolorosa e exclamou: "Não chorem por mim, chorem por seus filhos!"

Talvez disso a Cristandade tenha aprendido uma difícil lição: Ser mãe é então, comprometer-se com as lágrimas.  Talvez por isso sejamos choronas. Quando o filho está triste, choramos. Quando está alegre, também choramos, de alegria. Há uma grande comunicação entre o ventre e o umbigo, que não fica extático no leito do nascedouro. Quem lê, entenda.
Já fui uma mãe tachada de ingrata, por alguns que não compreenderam o amor para com o meu primeiro filho. O tempo passou e provou que de ingrata não tenho coisa nenhuma. Continuo sendo mãe em plena efervescência. Meus filhos são lindos. O maior, de dezesseis anos, é lindo. O que está por vir, de nove meses no ventre, também é lindo.
Portanto, aconselho a todas as mães: vivam com intensidade a oportunidade de ser tão sublime quanto a mais altaneira das criações divinas.

Aos nossos pacientes leitores um grande e insofismável abraço. Até breve!