Às vésperas de completar 40 anos na mesma função, a de deputado federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) coleciona derrotas nas disputas para o Executivo e tem no bastidor político de Brasília o seu habitat.
Alves, 62, tomará posse de seu 11º mandato consecutivo como deputado federal em fevereiro. Hoje, ele é líder da bancada do PMDB na Câmara e o nome mais cotado pelo partido para presidir a Casa a partir de 2013.
Decano da Câmara, ele só perde em números de mandatos, segundo a Casa, para quatro ex-deputados.
Das tentativas frustradas de atuar no Executivo, a de 2002, quando se deu como certa sua indicação para a vice de José Serra (PSDB) na chapa à Presidência, foi a mais notória.
A aspiração ruiu após a revista “IstoÉ” publicar afirmação da ex-mulher de que ele tinha US$ 15 milhões no exterior. Alves chamou a história de “delírio” e sumiu de cena. Rita Camata (PMDB-ES) foi indicada em seu lugar.
Porta-voz nas últimas semanas da reação peemedebista pela manutenção do espaço do partido no governo Dilma Rousseff, Alves desempenha hoje o papel em que sempre demonstrou maior desenvoltura –o de articulador político de bastidores, notadamente de interesses partidários e de aliados.
Liderou o movimento, no PMDB, para elevar o salário mínimo para acima dos R$ 540 oferecidos pelo governo, no fim do mandato de Lula.
“Falo a verdade. Por isso, sabem que sou confiável”, diz Alves, sobre os embates recentes com o governo.
Da Folha de S. Paulo
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