PROBLEMA ANTIGO NA CIDADE VOLTA À TONA: APESAR DAS CHUVAS, CONTINUA FALTANDO ÁGUA!

Houve um tempo em que a maioria dos municípios do Nordeste sofria a falta de água. O principal problema apontado pelos gestores públicos era a seca. "Secas periódicas, que castigam os nordestinos."

Em Riachuelo, apesar da estação chuvosa, com chuvas abundantes, terra molhada, continua sendo uma cidade das mais pobres do Brasil, com um problema que somente se encontra, talvez, nos mais distantes povoados do Piauí:, a falta absoluta de água potável nos lares dos riachuelenses.

Devido às constantes faltas d’água, os cidadãos fizeram até mesmo protesto na BR 304, e pensava-se que o problema tinha sido resolvido. Ledo engano.

Aqui em nossa cidade este tormento permanece. Faz mais de 30 dias que as torneiras não pingam sequer uma gota d’água, segundo os próprios moradores.

A cidade encontra-se em total abandono, as escolas e creches estão sem expediente, não há atendimento odondológico, não há médico na cidade, o povo, pela enésima vez, está sofrendo pedindo socorro ao Poder Público que até o momento não deu resposta alguma.

A população encontra-se abandonada, sem uma gota d’água para beber, estamos vivemos o mesmo problema de há 20 anos atrás, quando o povo tinha que se deslocar com uma lata na cabeça para buscar água nos lugares mais distantes.

 Aqui o cenário que se vê é triste de acreditar, apesar dos tempos chuvosos, nas torneiras das casas continua faltando água potável. Pessoas comprando água, cuja venda é escassa. Outras pedindo água emprestada de poucos que tem cisterna; outros recorrem aos açudes, localizados em propriedades privadas, distantes da cidade.

Mas, partidarismos à parte, o fato é que o atual governo Municipal é totalmente inoperante nessa questão da água. Um governante que nem na cidade vem, não dá seu devido expediente na prefeitura, uma pessoa arrogante, que acha que ainda vivemos nos tempos da Didatura.

 Para se ter uma ideia da inoperância do Poder Público, falta água, mas não falta conta de água para pagar. Ou seja: a água não chega nas torneiras, mas a conta de água chega nas portas dos usuários, e ainda cobram um preço absurdo pelo serviço que não existe.

Uma moradora que não quis se identificar disse que um funcionário da CAERN esteve nesta segunda feira, para aferir o medidor de água, mesmo sabendo que a escassez do produto castiga o povo por muitos dias.

Quando se pede explicações para os "gestores municipais" a resposta é absurda: "A culpa é da CAERN. O município já falou com a CAERN, já exigiu da CAERN, já se reuniu com a CAERN." Mas a água continua faltando. Para eles, então, a culpa é da CAERN. E o pobre pergunta: "CAERN é também prefeitura? Eu moro dentro da CAERN? ou moro dentro do município? O que temos que fazer?  

Ora, não adianta se reunir com a CAERN, exigir da CAERN, em reuniões sem fundamentos. O que precisa é que o Município tenha poder de direção, que tome posição, que acione os órgãos competentes, mas nada disso é feito. A prefeitura não tem assessoria que, com inteligência, combata um problema aparentemente  tão grave.

 Além disso, a CAERN, segundo a Lei, é um órgão de prestação de serviços, que presta serviços públicos, mediante pagamento de taxas, e tem que prestar um serviço eficiente. Logo, o Poder Judiciário pode, mediante a Ação Judicial apropriada, forçar a CAERN a resolver o problema da falta de água em Riachuelo.

Mas como a atual administração não quer resolver o problema, prefere dizer que "não pode", continuamos nesse caos total. Até quando, não se sabe.