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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Homens só vão ao médico quando a situação é crítica, indica estudo


O desejo de ter uma vida longa e produtiva é inerente ao ser humano, mas a parcela masculina da população ainda falha em um ponto fundamental: o cuidado com a saúde. Incentivar a prevenção e a proatividade entre os homens ainda é um desafio para a comunidade médica mundial. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelo laboratório Abbott, em parceria com a ONG Men’s Health Network, revelou que, de 2 mil homens entrevistados, 52% costumam ir a um médico somente quando algo precisa ser “consertado”, e 63% relatam que a dor prolongada e grave é o principal ponto de decisão para uma consulta — vômitos, sangramento ou coceira não são fatores suficientes para procurarem ajuda.

No Brasil, apesar do baixo número de pesquisas ligadas à saúde do sexo masculino, a realidade não é diferente. De acordo com dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média de expectativa de vida dos homens brasileiros é sete anos menor que a das mulheres (69,7 anos contra 77,3 anos), que fumam menos, são mais ativas e se alimentam melhor. Além disso, enquanto elas aprendem desde cedo que é preciso ir regularmente ao ginecologista, os homens são criados sem um hábito semelhante, ainda que o ideal seja que, logo ao nascer, o bebê passe por um urologista para checar a disposição dos testículos e se o pênis teve uma formação adequada. O acompanhamento deve ser seguido ao longo da adolescência e da fase adulta.

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