O deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara, apresentou nesta terça-feira (3) uma carta de renúncia do deputado federal licenciado José Genoino (PT-SP), condenado e preso após o julgamento do mensalão.
A Mesa Diretora da Câmara se reuniu no início da tarde desta terça para decidir se abriria o processo de cassação do parlamentar. Segundo relato do deputado Simão Sessim (PP-RJ), 2º secretário da Casa, Vargas tentou, no início da reunião, uma saída alternativa: propôs a suspensão da discussão por 90 dias sob o argumento de que o Ministério Público tinha concedido prisão domiciliar por esse mesmo prazo e que, portanto, a Casa deveria esperar também. Fez ainda comparações com a situação de que qualquer trabalhador em licença médica não pode ser demitido. Em vão.
O presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) abriu para votação. Quando o placar estava 4 a 2 pela abertura do processo de cassação, Vargas, tendo em vista que já havia maioria, apresentou, então, a carta de renúncia. Faltava ainda votar o 3º secretário, Maurício Quintella Lessa (PR-AL).
A carta já foi lida no plenário da Câmara por Amauri Teixeira (PT-BA) e a renúncia ao mandato deve ser publicada amanhã no Diário Oficial, abrindo caminho para a posse definitiva do suplente, Renato Simões, também do PT.
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