Joaquim Barbosa sofre de problemas na coluna , cadeira adaptada devido as fortes dores que sente durante as sessões.
O ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), deixará o cargo em junho. A decisão foi anunciada depois de conversa com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Barbosa sofre de uma doença que provoca fortes dores na coluna, que o prejudicou inclusive durante o julgamento do mensalão.
Chamada de sacroileíte, a doença é causada por uma inflamação nas articulações sacroilíacas, ou seja, aquelas que conectam a parte inferior da coluna com a pélvis (quadril). Segundo o ortopedista Luiz Eduardo Munhoz da Rocha, presidente do Comitê de Patologia da Coluna Vertebral, o paciente pode sofrer até mesmo com pequenos movimentos que se mostram desconfortáveis e dolorosos.
— Na doença, que pode ter causa inflamatória de origem imunológica, o organismo vai produzindo um anticorpo contra a cartilagem de uma determinada junta.
Durante o julgamento do mensalão, o ministro sustentou boa parte de seus votos de pé por causa das dores. Antes disso, Barbosa já havia mudado de posição na cadeira e usado uma almofada térmica para aquecer e relaxar os músculos, mas sem solução.
A sacroileíte também pode ter outras causas, como reumatismo, trauma, artrite, sobrecargas na coluna vertebral ou mesmo processos infecciosos. O especialista acrescentou à lista ainda problemas de ordem congênita, como a alteração de partes do código genético que podem propiciar o desenvolvimento.
Doença é mais comum em homens
A doença atinge mais homens do que mulheres e tem mais chances de ocorrer conforme a idade avança. Os pacientes chegam ao diagnóstico porque, em geral, sentem muita dor na lombar, que pode se estender para coxa e panturrilhas, além da sensação de rigidez na coluna.
O mal que fez o ministro do Supremo abandonar o futebol, um de seus hobbies favoritos, é tratado em diversas frentes. Além da indicação para a prática de esportes de baixo impacto (natação e hidroginástica) e fisioterapia, recorre-se também ao uso de medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios. Segundo Munhoz, a cura depende de cada caso.
R7
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