A histórica convenção do DEM, marcada para ocorrer neste domingo, materializa a divisão político-familiar de José Agripino com o casal Rosalba e Carlos Augusto Rosado. Abstraindo todos os fatos e argumentos de um lado e de outro, o que resta é a configuração do fracasso de um Governo que chega ao fim sem ter respaldo de seu próprio partido.
HISTÓRICO
O ex-deputado Carlos Augusto Rosado sempre foi o arquiteto e executor da carreira política vitoriosa da esposa Rosalba Ciarlini. De médica pediatra a primeira senadora do RN e eleita em primeiro turno para governar seu Estado, a Rosa sempre foi orientada pelo marido; admitia até publicamente que não sabia e nem gostava de fazer política; tarefa desempenhada com sucesso pelo marido. Até a vitória para o Governo.
MUDANÇA
Quando a mulher foi eleita governadora, Carlos Augusto subdimensionou a força de seus aliados e centralizou a gestão semelhante ao que fizera quando Rosalba administrou Mossoró em três oportunidades distintas. O desgaste do Governo reforça a tese de que o casal não estava preparado para gerenciar um Estado. Os problemas sempre foram maiores do que as caseiras e amadoras soluções.
DESGASTE
Tudo que ocorreu com a então prefeita Micarla de Sousa foi repetido por Rosalba. Mesmo após assistir ao filme da derrocada da Borboleta, o poder não permitiu que a Rosa pudesse escrever um script diferente para sua própria história. Isolamento político, centralização administrativa e arrogância, foram os componentes que alimentaram a derrota antecipada de uma governadora outrora carismática.
JURÍDICO
Com a saída do advogado Paulo de Tarso Fernandes da Casa Civil do Governo, a gestão Rosalba Ciarlini perdeu um articulador de expressão e credibilidade, além de um jurista que orientava a acertar os passos no caminho correto. Depois disso, a Rosa só contabilizou derrota em sua passagem pelo Governo. Até ficar inelegível por uma eleição em que nem foi candidata, a governadora conseguiu. Orientações equivocadas, perda de prazos e, de novo, arrogância, foram responsáveis pelo desamparo jurídico da mulher de Carlos Augusto.
INELEGIBILIDADE
Rosalba chega à convenção de seu partido sem sequer ter as mínimas condições de elegibilidade. Ela não conseguirá reverter sua situação pelo simples fato de que perdeu o prazo de recurso ainda em Mossoró, o que lhe rendeu a condenação à revelia, confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Ou seja: a sentença de primeira instância ficou valendo em sua integralidade por perda de prazo; incompetência associada a uma boa dose de prepotência.
MOTIVOS
A convenção do DEM revela o egoísmo de José Agripino, alimentado pelo instinto de sobrevivência política, associado ao amor ilimitado de pai, que provocou a ruptura de uma relação de décadas, alicerçada na confiança e reciprocidade. O pai de Felipe está sendo obrigado a engolir a arrogância e a prepotência, sepultar sua liderança e se submeter ao humor e às vontades de Henrique Alves e Wilma de Faria, dois políticos que sempre condenou com expressões impublicáveis.
SONHO
A convenção do DEM também revela uma governadora incapaz de reação positiva, cuja palavra não exprime nada de credibilidade, sem força política, sem amparo jurídico e desnutrida de apoio popular. Neste domingo, termina, de forma melancólica, o sonho construído nos alpendres de Tibau.
FUTURO
A partir de segunda-feira, Rosalba Ciarlini viverá outro momento em sua vida política. As variáveis de quem não poderá mais disputar a eleição, também lhe dará chance de ser atiradora totalmente livre de amarras políticas ou partidárias. A Rosa pode ser uma cobra sem veneno ou uma Naja cuspideira em plena atividade.
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