E para quem apostava nos clichês tradicionalmente criados pelos vestibulares tradicionais, onde surgem os professores Mega-Sena, que acertam “inesperadamente” temas de redação, com boas fontes dentro de comissões de produção das provas.
O ENEM foi até comum com o tema Lei Seca em 2013, mas “Publicidade infantil em questão no Brasil” superou e muito. Uma boa surpresa do ponto de vista didático, e péssimo para alguns estudantes. Os 8,7 milhões de inscritos na edição de 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) encheram as redes sociais de piadas sobre os temas do segundo dia de provas, quando as provas de matemática e redação surpreenderam e exigiram dos estudantes mais atenção e concentração.
A proposta de redação trouxe três textos motivadores: um texto jornalístico que discute se a publicidade infantil deve ser proibida no Brasil, um infográfico sobre a publicidade para crianças no mundo, e outro texto sobre a criança como o consumidor do futuro.
Para os “comuns” foi um momento de terror, para aqueles que se prepararam para todos os desafios de um vestibular, foi um momento de desenvolver linhas de raciocínio diferenciadas, fugindo do simples ato de preencher um gabarito ou escrever linhas de uma redação.
Enquanto educação for essa máquina de robôs pensantes do mundo capitalista, teremos cidadãos de senso comum, sem leitura crítica e analfabetos dos seus direitos e deveres em sociedade. É pedir demais que o ENEM seja porta de entrada de uma nova educação, mas é dever da sociedade e das cabeças pensantes desse país promover uma educação mais crítica e reflexiva sobre a realidade, seja ela exposta ou nas entrelinhas.
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