A crise é mais grave do que se esperava e vai ficando cada vez pior a cada nova notícia divulgada pelo Executivo Estadual. Por isso, a futura gestão vai se preparando para tomar medidas ainda mais duras do que as previstas inicialmente. Um exemplo disso é que, agora, a previsão já é que o governador eleito Robinson Faria (PSD), suspenda o pagamento de dívidas com fornecedores e prestadores de serviços no início do próximo governo. A intenção é priorizar serviços públicos que não estão sendo realizados no atual momento.
A notícia foi dada pelo vice-governador eleito, Fábio Dantas, durante a confraternização da Assembleia Legislativa, realizada na manhã de hoje. Ele ainda é deputado estadual. “Com certeza vamos fazer auditoria e suspender o pagamento de algumas dívidas. Com certeza. Isso é imediatamente, até porque a gente tem que levantar a origem dos débitos, saber a procedência, e também a prioridade da futura gestão, se vai priorizar o pagamento desses débitos ou se vai dar continuidade aos serviços públicos que precisam desse direcionamento”, afirmou o vice-governador eleito.
É importante lembrar que essas palavras já haviam sido proferidas pelo futuro governador, em uma das primeiras entrevistas concedidas após a vitória nas urnas. Na ocasião, no entanto, Robinson não disse que suspenderia o pagamento. Afirmou apenas que iria cobrar uma auditoria nas dívidas, para ter certeza que estava pagando a pessoas que, realmente, prestaram serviços ao Estado.
Mas há justificativa para esse “agravamento” no discurso. A situação do Rio Grande do Norte, de lá para cá, foi sendo pintada como ainda mais grave do que se esperava. Desde o dia em que falou de auditoria no pagamento, por exemplo, Robinson Faria foi informado que precisará de R$ 1 bilhão a mais no orçamento de 2015 para custear, por exemplo, todas as dívidas e compromissos do RN.
Recebeu também as notícias a respeito dos restos a pagar das secretarias (a pasta da Saúde, por exemplo, deve ser entregue com R$ 50 milhões de dívidas). Porém, é bem verdade que o mais grave parece ter sido a dívida com os servidores do Estado, que estão recebendo com o atraso desde setembro do ano passado, contudo, agora, nem previsão de quando terão seus salários pagos eles têm. Isso porque, segundo o secretário estadual de Planejamento e Finanças, faltam R$ 150 milhões para “completar” a folha de pagamento.
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