A costureira Janete de Oliveira, 42 anos, passou o fim de semana inteiro com o coração na mão.
“A qualquer momento podia acontecer, não é?”, pergunta ela, enquanto mexe com retalhos de pano. “Meu marido é muito assim, eu pensei que a qualquer momento poderia vir a surpresa, né?”
Amigas de Janete dizem que o marido, o gerente de loja Hamilton Couto de Oliveira, 43 anos, é mesmo um pouco desligado, mas que não é de todo mau.
“Ele é daqueles que a gente está na sala conversando e passa de cueca sem maldade, sabe? É meio bobão”, disse uma amiga.
O presente do Dia dos Namorados, que aconteceu na sexta-feira, não veio para Janete. Mas ela não perdeu as esperanças.
“Hoje ainda é terça-feira. Vai ver ele encomendou alguma coisa, o correio sempre atrasa aqui na rua, porque tem dois números 72, um no começo da rua e outro aqui, porque começa a contar de trás para frente”, disse Janete. “Pode ser isso”.
As amigas de Janete até pensaram em comunicar a Hamilton a expectativa da costureira em ainda receber um presente de dia dos namorados, mas desistiram. “Eu, hein. Depois sobra para mim”, disse uma delas.
Casados há doze anos, esta não seria a primeira vez que o Dia dos Namorados ficaria sem comemoração na casa de Janete e Hamilton. “Ano passado ele não deu. No ano anterior, deu uma caixa de sabão em pó. Tinha acabado o sabão em pó e pedi para ele ir comprar. Achei um gesto bonito”, disse Janete. “Esse ano ele não vai esquecer”, completou.
M Zorzanelli
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