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VIOLENCIA: Aluno invade colégio com facão, fere porteiro e tenta matar a diretora


Os funcionários conseguiram trancar o adolescente em uma sala e acionaram a polícia, que o conduziu até a delegacia de Jussiape. Após os responsáveis assinarem um termo de responsabilidade, o rapaz foi liberado. No momento do ataque, a diretora ainda não havia chegado ao colégio. O porteiro, por sua vez, levou 15 pontos na cabeça em um hospital da região e foi liberado.
A diretora do colégio, Vera Oliveira de Assis, diz que está em estado de choque após o episódio. A professora conta que, na terça-feira, chamou a atenção do garoto e de um amigo porque levaram “bombas juninas” para o colégio. Ela disse aos dois que só poderiam entrar na escola no dia seguinte acompanhados dos responsáveis. O que a diretora não esperava era que o aluno fosse reagir tão mal após a conversa, pois, segundo ela, o jovem sempre foi muito tranquilo.
- Quando o rapaz invadiu a escola com o facão eu ainda não havia chegado porque, nesse dia, meu carro quebrou e tive que ir a pé. Após atacar o porteiro, ele foi direto para a direção e ficou sentado na minha cadeira me esperando. Os funcionários conseguiram trancá-lo lá dentro até a chegada da polícia. Fico imaginando o que poderia ter acontecido se estivesse na escola. Estou insegura, em estado de choque, e muito preocupada. Não temos segurança aqui. E se ele resolver me atacar novamente? - diz a professora, destacando que foi ela que acionou a polícia e os bombeiros após ser avisada do caso.
Segundo Vera, após atacar o porteiro, o garoto trancou o portão da escola. Quando os alunos viram o funcionário caído e ensanguentado, houve pânico e alguns estudantes tentaram pular o muro para fugir. Quando a polícia chegou, segundo a diretora, o portão de entrada teve que ser arrombado.
O delegado-titular da delegacia de Jussiape, Jackson Trindade, informou que foi feito um registro de lesão corporal contra o menino e que, após a assinatura do termo de responsabilidade pelos pais, foi liberado. Segundo o delegado, não há promotores na comarca de Jussiape do Ministério Público, o que impede que a internação provisória do jovem seja requerida.
A coordenadora de acompanhamento da Secretaria Estadual de Educação da Bahia, Euzelinda Dantas, informou que será realizada uma reunião com os pais do garoto nesta quinta-feira para elaborar as providências pedagógicas necessárias. Segundo ela, a família alegou que o rapaz tem problemas psicológicos. Caso isso seja comprovado, através de laudo médico, o estudante terá um acompanhamento especial no colégio. Euzelinda informou que o rapaz não deverá ser transferido da unidade escolar e destacou que casos como esse são incomuns no município.
O Ministério Público da Bahia informou que o promotor do distrito de Jussiape - que integra a comarca do município de Rio de Contas - Raimundo Nonato Moinhos, entrará em contato com o delegado de Jussiape ainda nesta quinta-feira. Segundo o MP, o promotor estava trabalhando na comarca de outra cidade na quarta-feira e, por isso, não foi encontrado pela Polícia Civil.

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