Oito dos nove vereadores de Centralina (a 668 km de Belo Horizonte), presos por suspeita de corrupção, renunciaram aos cargos e firmaram um acordo de delação premiada com o Ministério Público de Minas Gerais. A informação foi divulgada nesta terça-feira (2). Os trabalhos da Câmara Municipal estão paralisados e sem prazo para serem retomados.
Segundo o promotor Marcus Vinicius Ribeiro, eles podem contribuir com informações que possam aprofundar as investigações. "Logo após os depoimentos e os acordos feitos com o MP, eles foram liberados e cumprem prisão domiciliar", esclareceu.Todos os vereadores, nove, foram presos preventivamente suspeitos de corrupção. Eles são investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Uberlândia acusados de desvio de dinheiro público.
Segundo a investigação, todos fraudaram notas fiscais para justificar recebimento de diárias de viagens que nunca foram feitas.
Entre os vereadores que aceitaram o acordo está o ex-presidente da Câmara Municipal, Eurípides Batista Ferreira, o Baianinho (PROS), o ex-primeiro secretário Hélio Matias (PSL), Roneslei do Carmo Soares (PR), Carla Rúbia (SDD), Ismael Pereira Peres (PT), o ex-segundo secretário Rodrigo Lucas (SDD), Wandriene Ferreira de Moura (PR), e Cleison Vieira (PDT).
A vereadora Sônia Martins de Medeiros Rosa (PP), que é irmã do prefeito Elson Martins de Medeiros (PP), está presa desde o dia 28 de janeiro em Uberlândia (537 quilômetros de Belo Horizonte). "Vamos ouvi-la e só então saberemos se ela aceitará o acordo e renunciará ao cargo", disse Ribeiro.
Ela é suspeita de fazer em 2013 repasses no valor de R$ 1 mil para cada vereador para que a Lei Orçamentária Anual (LOA) fosse aprovada sem objeções e emendas. O mesmo teria acontecido em 2014, quando a maior parte dos vereadores receberam R$ 2 mil e Hélio Matias (PSL) R$ 7 mil para aprovação da LOA.
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