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segunda-feira, 21 de março de 2016
Enquanto STF decide sobre ministério, Lula exerce o cargo informalmente
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, mesmo com a nomeação para a Casa Civil suspensa pelo ministro Gilmar Mendes, Lula passa a exercer hoje (21), informalmente, o papel de articulador político do Palácio do Planalto. A decisão foi da presidente Dilma Rousseff.
Lula terá a missão de elaborar a estratégia e executar o plano para impedir que o PMDB rompa definitivamente com o governo federal. O prazo para isso será curto. A cúpula nacional do partido se reunirá em 29 de março para tomar uma decisão oficial sobre o assunto.
A Folha diz que, com a divulgação das gravações telefônicas de conversas entre Lula e Dilma, “o Palácio do Planalto reconhece que as chances de desembarque do PMDB cresceram”.
Um auxiliar presidencial anônimo ouvido pela reportagem afirmou que o governo não pode perder tempo esperando por uma decisão colegiada do STF sobre a posse de Lula, que deve ficar para depois do feriado de Páscoa.
“O momento, segundo o auxiliar, exige uma ‘operação forte’ e uma ‘ofensiva direcionada’ para evitar que aumentem consideravelmente as chances de abertura do processo de impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados”.
Com Lula exercendo informalmente o papel que seria do ministro da Casa Civil, ganha força a versão de que ele não aceitou o cargo pelo foro privilegiado, mas para recuperar as condições de governabilidade.
Lula deve se reunir ainda esta semana com o vice Michel Temer e com o presidente do Senado Renan Calheiros. “A ofensiva, segundo assessores presidenciais, pode incluir até uma conversa de Lula com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adversário de Dilma e responsável pelo acolhimento do pedido de impeachment”.
Além da articulação capitaneada por Lula, o governo cogita aumentar o espaço do PMDB em cargos de segundo e terceiro escalão e agilizar a liberação de emendas parlamentares. Dilma também marcou um encontro com os seis ministros peemedebistas e deverá apelar para que eles aumentem a pressão sobre suas bancadas na Câmara e no Senado para evitar o impeachment.
Com informações da Folha de S. Paulo
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