O quadro político é o seguinte, após a inundação de grampos pela Lava Jato. Há uma enorme guerra de informações superestimando atitudes contra Dilma e escondendo as posições a favor.
Nesse momento, está-se no auge da pressão pró-impeachment.
Serão necessários alguns dias para ver se a poeira assenta provisoriamente ou não, para poder avaliar melhor o cenário de curto prazo.
No momento, o jogo de forças é o seguinte:
Judiciário
Por oportunismo, interesse corporativo, preferências políticas, o sistema judiciário está rasgando todos os princípios de garantias individuais.
Já se aceitam como normais 114 conduções coercitivas, grampos sobre advogados de defesa, sobre a própria presidente da República. O decano do STF prefere se indignar com frases extraídas de conversas informais do que com a evidência de um estado policial em andamento.
Em Paris, em vez de deblaterar contra o grampo, o Procurador Geral da República Rodrigo Janot também preferiu responder às conversas informais gravadas
Em São Paulo, o Ministério Público Estadual ofertou uma delação premiada em um episódio sem maiores evidências, de contratação de uma orquestra espanhola pelo Teatro Municipal. E não recorreu ao instituto da relação no caso da merenda escolar ou dos trens, demonstrando um ativismo político crescente.
O que se observa são Ministros exauridos pela tensão querendo que a novela termine logo. Do outro lado, corporações – como a dos procuradores e delegados da Polícia Federal - entrando ativamente na política em favor da Lava Jato.
Todas as manifestações são de crítica ao conteúdo de conversas informais, e não de reação à escalada policial.
Definitivamente, ocorreu a politização da Justiça é um jurisdicismo de tratar a Constituição com um manual, de como atropelar os princípios sem deixar marcas legais. Lembra o manual dos torturadores profissionais, sobre como torturar sem deixar marcas.
Até que as figuras referenciais se apresentem, o sistema judiciário continuará oferecendo respaldo à Lava Jato.
Congresso
Havia espaço para negociação com o PMDB. A divulgação dos grampos colocou todo mundo em compasso de espera. Qualquer desculpa serve para desembarcar da canoa do governo. A última foi a indicação de um deputado do PMDB para um Ministério.
Foi aprovada a comissão do impeachment. Mas ainda há água vai rolar até o desfecho. O governo precisa de 171 deputados para derrubar a tese do impeachment.
Empresários
Há dois tipos de empresários: os que são contra o governo em qualquer hipótese e os que são a favor da alternativa menos custosa. Neste momento, se não surgir nenhum fato novo contra a escalada da Lava Jato, a alternativa menos custosa será o impeachment.
Se a caminhada do impeachment endurecer, abrem-se espaços para pactos de governabilidade menos traumáticos.
Movimentos sociais
Hoje será o dia da demonstração de mobilização dos movimentos sociais. Nas últimas semanas as diferenças com o governo Dilma foram deixadas para trás e a defesa da legalidade serviu para unificar o movimento. Mais do que em qualquer outro momento, a manutenção do governo dependerá da capacidade de mobilização dos movimentos sociais.
A decisão do governador de São Paulo Geraldo Alckmin de permitir manifestações contrárias hoje, é mais uma demonstração da escalada irresponsável visando acirrar os conflitos.
Lula
Terá que aposentar a jararaca. O momento exigirá, acuma de tudo, habilidade para fazer baixar a poeira e tempo para remontar as alianças perdidas e perspectivas mínimas para a economia.
Cenário do momento
Há um quadro de radicalização crescente nas ruas e um desmoronamento de todas as formas de mediação jurídica ou política. A expressão estado policial define bem o momento. A segurança jurídica ganhou contornos políticos: tem segurança jurídica quem escolheu o “lado certo”.
Não se trata mais de uma disputa PT x oposição, mas um questionamento de todas as instituições e, especialmente, da democracia. A frente anti-impeachment está sendo engrossada por liberais e pelas bandeiras de defesa da democracia. Até que ponto a consciência democrática é forte no país, mesmo entre luminares do Judiciário?
Esta é a resposta que vale 25 anos de estabilidade democrática.
Por oportunismo, interesse corporativo, preferências políticas, o sistema judiciário está rasgando todos os princípios de garantias individuais.
Já se aceitam como normais 114 conduções coercitivas, grampos sobre advogados de defesa, sobre a própria presidente da República. O decano do STF prefere se indignar com frases extraídas de conversas informais do que com a evidência de um estado policial em andamento.
Em Paris, em vez de deblaterar contra o grampo, o Procurador Geral da República Rodrigo Janot também preferiu responder às conversas informais gravadas
Em São Paulo, o Ministério Público Estadual ofertou uma delação premiada em um episódio sem maiores evidências, de contratação de uma orquestra espanhola pelo Teatro Municipal. E não recorreu ao instituto da relação no caso da merenda escolar ou dos trens, demonstrando um ativismo político crescente.
O que se observa são Ministros exauridos pela tensão querendo que a novela termine logo. Do outro lado, corporações – como a dos procuradores e delegados da Polícia Federal - entrando ativamente na política em favor da Lava Jato.
Todas as manifestações são de crítica ao conteúdo de conversas informais, e não de reação à escalada policial.
Definitivamente, ocorreu a politização da Justiça é um jurisdicismo de tratar a Constituição com um manual, de como atropelar os princípios sem deixar marcas legais. Lembra o manual dos torturadores profissionais, sobre como torturar sem deixar marcas.
Até que as figuras referenciais se apresentem, o sistema judiciário continuará oferecendo respaldo à Lava Jato.
Congresso
Havia espaço para negociação com o PMDB. A divulgação dos grampos colocou todo mundo em compasso de espera. Qualquer desculpa serve para desembarcar da canoa do governo. A última foi a indicação de um deputado do PMDB para um Ministério.
Foi aprovada a comissão do impeachment. Mas ainda há água vai rolar até o desfecho. O governo precisa de 171 deputados para derrubar a tese do impeachment.
Empresários
Há dois tipos de empresários: os que são contra o governo em qualquer hipótese e os que são a favor da alternativa menos custosa. Neste momento, se não surgir nenhum fato novo contra a escalada da Lava Jato, a alternativa menos custosa será o impeachment.
Se a caminhada do impeachment endurecer, abrem-se espaços para pactos de governabilidade menos traumáticos.
Movimentos sociais
Hoje será o dia da demonstração de mobilização dos movimentos sociais. Nas últimas semanas as diferenças com o governo Dilma foram deixadas para trás e a defesa da legalidade serviu para unificar o movimento. Mais do que em qualquer outro momento, a manutenção do governo dependerá da capacidade de mobilização dos movimentos sociais.
A decisão do governador de São Paulo Geraldo Alckmin de permitir manifestações contrárias hoje, é mais uma demonstração da escalada irresponsável visando acirrar os conflitos.
Lula
Terá que aposentar a jararaca. O momento exigirá, acuma de tudo, habilidade para fazer baixar a poeira e tempo para remontar as alianças perdidas e perspectivas mínimas para a economia.
Cenário do momento
Há um quadro de radicalização crescente nas ruas e um desmoronamento de todas as formas de mediação jurídica ou política. A expressão estado policial define bem o momento. A segurança jurídica ganhou contornos políticos: tem segurança jurídica quem escolheu o “lado certo”.
Não se trata mais de uma disputa PT x oposição, mas um questionamento de todas as instituições e, especialmente, da democracia. A frente anti-impeachment está sendo engrossada por liberais e pelas bandeiras de defesa da democracia. Até que ponto a consciência democrática é forte no país, mesmo entre luminares do Judiciário?
Esta é a resposta que vale 25 anos de estabilidade democrática.
-Celso de Mello como porta-voz do supremo teve que ser duro com Lula. Mas no íntimo ele sabe que as medidas de Moro foram uma intimidação enorme para com as instâncias superiores. As declarações de Ayres Brito provam isso. Dependendo de como evoluir a crise, o STF vai ser muito mais leniente em termos de olj. Quem seria o Lott dessa ocasião?
ResponderExcluir-O Congresso talvez esteja debandando em ritmo mais rápido do que esperado. Acho que na comissão, provavelmente Jovair vai dar um voto pró-Dilma ou esperar para negociar alguma coisa pró-Cunha. Aí, o voto em separado pode vencer na medida do tempo. Os governadores pró-governo devem trabalhar. O senador do meu estado Otto Alencar disse que foi um grande erro ter aquele recesso no congresso, pois perdeu-se tempo para lidar com a crise e concordo com ele. Muitos vão acabar votando mais por conta das eleições municipais. Passadas elas, o processo já estaria no Senado. O problema é que vamos ter que forçar que o processo seja julgado lá depois das eleições municipais para haver alguma esperança de absolvição de Dilma, caso ele acabe sendo admitido pelo Senado.
-Empresários. Por exemplo, o Afif em tempos idos seria o cara que iria contra tudo. O sucessor dele, Alencar Burti, sempre pareceu uma figura mais contida, moderada. Hoje, Burti é pró-impeachment. Muitos empresários engrossam o coro por conta da crise. Flávio Rocha deve ter sido um dos caras que mais ganhou com o lulismo. Lawrence Pih só é contra hoje por provavelmente não ter encontrado oportunidades no governo Lula. Se não fosseHá de pegar Afif, Armando Monteiro, Kátia Abreu para mostrar para esses setores que com o projeto da oposição, se houver paz social pós-impeachment, o câmbio vai cair numa tentativa do governo a posterior se legitimar, liquidando os rendimentos do agronegócio e indústria. Se houver conflito, haverá destruição de valor e criação de dificuldades que vão destruir o país no médio, longo prazo.
-"Ódio em Sampa", fazendo trocadilho com o nome do filme de Riccelli e Bruna Lombardi. Em São Paulo, há uma radicalização que está engolfando até o PSDB. Alckmin, diante da disputa do PSDB, falência de Aécio, ascensão de Bolsonaro/Moro e do risco de Temer se aliar com Serra, aposta no estado policial. A violência com a Gaviões contra o "ladrão de merenda" prova isso. E figuras oportunistas tipo Skaf e Russomanno tentam se aproveitar disso.
-Temer tem um pecado original. Aliás não só um, mas vários. Carta de ressentimentos, atuação ostensiva conspiratória através de Moreira Franco, citações na lava jato. Sua possível presidência parece mais operação abafa do que uma solução de pacificação. Se quiser ser presidente, pode ser, mas vai ter que fugir no cruzador Tamandaré de ocasião.
Bem, agora não é mais hora de lamentar o controle remoto, deixar prender Dirceu, Genoíno e Cia., demitir Paulo Lacerda, excessos de republicanismo, os trapalhões Mercadante & Zé Cardozo, etc., pois a operação golpista Vaza Jato, como todos sabíamos, exceto governo e PT, foi organizada para criar condições para vencerem as eleições em 2014 e ao fracassar, na opção voto, prosseguir e estabelecer as condições para golpe paraguaio, criminalizando o governo, o PT e Lula, através da camarilha jurídico-midiática a mando da Casa Grande, o que estão a fazer nesse momento, exatamente na última fase, a da derrubada do governo através da farsa do Impeachment, fachada legal para aplicação do golpe paraguaio.
ResponderExcluirAgora é hora de agirmos com o que nos resta, os instrumentos de organização para melar o golpe paraguaio no senado e depois com a rua, avançar para desmonta-lo por completo, o que fica mais facilitado a partir do momento em que tiveram que deixar claro que COMBATE A CORRUPÇÃO é apenas fachada para enganar bois desavisados, governo e dirigentes do PT, o que desejam de fato, desde sempre, é derrubar o governo e retomarem a chave do cofre e o destino do Brasil.
Pois bem, são três os instrumentos disponíveis, Lula no governo, já feito, pouco importando a luta jurídica para impedi-lo, pois o que interessa nesse instante é termos liderança clara e a ação política no congresso para barrar o Impeachment e isso está sendo feito, independente do judiciário maçônico tentar tolhe-lo, a chamada permanente de cadeia de rádio e tv no horário nobre, toda vez que se fizer necessário, ou seja todo dia, com duração entre 45 minutos e uma hora, para estabelecer o contraditório ao JN, junto a nação e o mais importante instrumento, que independe de quem quer que seja senão de nossa consciência, que é preciso lutar pela Democracia para não sofrer com o totalitarismo, todos na rua, para mostrar aos golpistas, aos desavisados mumificados no verde amarelo e aos acovardados, que há um preço a ser pago e um risco a correr, maior do que pensam e imaginam, nesse momento.