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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Possíveis razões da queda do PT no impeachment de Dilma Roussef


O dia 17 de abril de 2016, decididamente, entrou para a História em razão da aprovação, pela Câmara dos Deputados, de autorização para o processo de impeachment da primeira mulher presidenta do País, a ex-guerrilheira Dilma Roussef.
A oposição, que alega ter ouvido o clamor das ruas, por ampla maioria (foram 25 votos a mais que o necessário, de 342 votos), teve como pretexto as chamadas "pedaladas fiscais" e os decretos suplementares, sem autorização do Congresso.
Na prática, teve como pano de fundo a insatisfação popular com a política econômica, com a volta da inflação, o desemprego de dez milhões de pessoas, uma recessão grandiosa, difícil de administrar.
Na prática, também, os deputados federais, quando declaravam seus votos favoráveis ao impeachment, curiosamente expressavam que estavam votando a favor do impedimento, em consideração às famílias, à moral e aos bons costumes. Ficou patente, também, a rejeição às ideologias petistas de admissão aos novos conceitos de família, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o apoio ao aborto e à implantação da reforma agrária, em que políticas públicas petistas apoiavam movimentos sociais como o MST.
Patente também a expressiva bancada evangélica, que soma 22 % dos parlamentares, os quais contribuíram, e muito, para a vitória da oposição na aprovação do impeachment. A religiosidade de milhões de brasileiros, incomodados com a ideologia de gênero, desde a infância, procurando invadir as escolas públicas de todo país, de forma velada ou escancarada.
Citando um exemplo emblemático da insatisfação popular, expressada pelos parlamentares, o deputado irmão Lázaro, evangélico de uma denominação pentecostal, ao declarar seu voto, disse claramente, citando versículos bíblicos que
"A soberba precede a queda", numa alusão à declarada arrogância petista, mencionada pelos opositores como um dos principais obstáculos para alianças e apoios.
O fato é que, com esse momento dramático da política brasileira, derrubou o sonho de uma boa gestão capitaneada pela primeira mulher a exercer o cargo máximo do Poder Executivo no país.
Acompanhemos os próximos capítulos dessa crise que pode começar a ter um fim ou iniciar uma enorme queda num grande abismo. Que Deus nos proteja!
 POR: ADRIANA NASCIMENTO

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