Pages
▼
terça-feira, 22 de novembro de 2016
Após queda de helicóptero na Cidade de Deus, Crivella sugere fazer muros no Rio de Janeiro
O estado do Rio de Janeiro vive uma grave crise econômica e a cidade convive há décadas com um seríssimo problema de segurança, que tem no centro da questão o tráfico de drogas e armas. Para resolver isso não existe medida simples, mas o prefeito eleito Marcelo Crivella (PRB), fez uma proposta radical: fazer muros em volta da cidade.
A sugestão vem num momento de agravamento da crise de segurança: no último sábado, 19 de novembro, um helicóptero da Polícia foi abatido sobre o bairro Cidade de Deus após flagrar suspeitos andando armados nas ruas. Na queda, quatro policiais foram mortos e, em resposta, uma operação de ocupação da área foi montada e resultou na descoberta de sete cadáveres na comunidade.
“Estamos vivendo uma profunda crise moral. [A cidade] deveria ser murada como Jerusalém”, afirmou Marcelo Crivella, que acaba de voltar de uma viagem a Israel. A ideia do prefeito eleito é que, com muros, seria mais fácil impedir a entrada de drogas e armas no Rio de Janeiro. A “solução”, no entanto, não contempla as grandes áreas de mata e a, famosa, costa litorânea.
De acordo com informações do Radar Online, da revista Veja, a declaração foi feita durante um encontro com líderes judaicos e evangélicos realizado na tarde da última segunda-feira, 21 de novembro.
O evento, que aconteceu na Catedral Mundial da Fé, da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro Del Castilho, foi organizado pela vereadora Teresa Bergher (PSDB). No megatemplo, há uma maquete que reproduz Jerusalém que, segundo Crivella, “os evangélicos adoram”, porque permite uma compreensão de como é a cidade.
No evento, Crivella conversou Natan Sharansky, um dos principais líderes judaicos do planeta, conhecido defensor da democracia, e ex-preso político durante o regime soviético, quando foi mandado para os campos de trabalhos forçados da Sibéria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O blog exclui comentário que difamam, caluniam ou com linguagem chula.