Cerca de 300 prefeitos estiveram presentes em protesto contra o arrocho financeiro dos municípios, em Campina Grande- PB

Cerca de 300 prefeitos das cidades da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte participaram de um protesto coletivo que interditou a BR-230, na altura da Praça do Meio do Mundo, durante a manhã desta sexta-feira, 5 de maio. 

A estimativa sobre  o número de prefeitos e participantes desse protesto foi de que mais de duas mil pessoas marcaram presença.

A crise e o arrocho financeiro dos municípios são os principais motivos que levaram os prefeitos ao protesto. A blogueira conversou com o prefeito da cidade de São Tomé, Babá. Ele relatou que o principal objetivo de hoje era o de reacender a discussão sobre o Pacto Federativo. “Hoje os municípios participam com 18% do bolo tributário nacional. Essa forma de distribuição da receita do país é muito perversa para os municípios”, defendeu o prefeito

A prefeita da cidade de Jardim de Angicos, Suely Fonseca, disse que ainda acrescenta que esse protesto é  contra essas receitas do Governo que vêm caindo dia a dia e sufocando as finanças dos municípios. 

O prefeito de Bento Fernandes, Junior Marques, destacou o seguinte: "Nós, prefeitos, ficamos hoje  concentrados na Praça do Meio do Mundo, aqui na Paraíba, para chamar a atenção do governo Temer sobre as dificuldades que enfrentamos diariamente: baixa gradativa do FPM, decréscimo do Fundeb, dentre outros problemas que afetam diretamente os municípios pequenos."

Já a prefeita Mara Cavalcanti citou a baixa dos recursos ao PSF;  o valor ínfimo por aluno, para a merenda escolar e o não recebimento dos royalties (participação nos lucros de operações de petróleo ou minerais no território brasileiro). 

Segundo ela, o repasse federal ao PSF  é de, apenas R$ 12.000,00 (doze mil reais);  que esse valor é muito inferior ao que se gasta durante o mês com a sáude. Enfatizou também o baixo custo da merenda escolar, o valor per capita (por estudante) é de R$ 3,20 (três reais e vinte centavos) e o repasse é somente de R$ R$ 0,36 (trinta e seis centavos), "não tem como alimentar uma criança com um valor irrisório desses, é lamentável!", exclamou, apreensiva.