O deputado federal Marco Feliciano se mostrou pasmo com o artigo e comentou o esterótipo que Guzzo apresenta para o evangélico: um “tipo moreno”, ou “brasileiro”, que vem sendo visto com horror crescente pela gente bem do Brasil.
– Os evangélicos, tal qual os católicos, são compostos pelas mesmas misturas étnicas. Ele esqueceu que vivemos num país tropical. Seu texto carece de sentido. Por absurdo que possa parecer, ele continua nessa desvairada ilação de que essas “classes mais altas” estrariam incomodadas com o que ele chama de povo “tipo moreno” ou “tipo brasileiro” – declarou Feliciano.
O pastor Edson Bruno, diretor do projeto One Click Radio, comentou sobre o trecho do artigo que fala: “enquanto em Nova York e no resto do mundo bem-sucedido as pessoas vão a concertos de orquestras sinfônicas”.
– O Madison Square Garden, em Nova York, abre suas portas para incríveis concertos da música evangélica contemporânea, reunindo milhares e milhares exaltando a Deus e buscando a benção para suas vidas, Nova York e os Estados Unidos. O pastor Harvard fundou a Harvard
Há mais de 100 anos a igreja evangélica coopera com a sociedade para mudar situações drásticas. Nós não somos ruins! Nós não somos problema! – afirmou a cantora.
O pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo, emitiu uma nota de repúdio. Ele, que também é presidente do Ministério do Belém, igreja que está no Brasil há 106 anos, definiu o artigo como tendencioso, preconceituoso e inconstitucional.
– Com muita tristeza vi uma matéria cheia de preconceitos e discriminação, partindo do pré-suposto que as “pessoas do bem são aquelas mais ricas, mais cultas… tentando passar que as pessoas simples e com menos poder aquisitivo não são dignas de uma vida honesta e que são responsáveis pelo caos que nosso país atravessa – disse.
O deputado federal Arolde de Oliveira acredita que o objetivo é a desconstrução da família e agora os ataques se voltam para a igreja. Em pronunciamento na Câmara dos Deputados, ele rebateu trechos do artigo.
– 1/3 da população do Brasil, para este cidadão, é um problema. Que democracia é essa que este cidadão prega e que esta revista compartilha? – questionou o deputado.
Outros representantes da comunidade evangélica também mostraram sua indignação. As cantoras Sarah Farias e Marcela Tais se manifestaram pelas redes sociais, além do pastor Nelson Junior, criador do movimento Eu Escolhi Esperar.
“Em primeiro lugar, como evangélico e jornalista, quero dizer que o artigo é muito mal escrito, pois é confuso em sua abordagem e, comete erros básicos, como se referir ao público em questão com termos discriminatórios de raça e cor e ainda com uma conotação pejorativa”, disse Asaph, fazendo menção ao primeiro trecho retirado do artigo e citado acima.
ResponderExcluir“No decorrer de sua análise, ainda acrescenta outros adjetivos, tais como, ‘religião incômoda’ e ‘problema sem solução”, acrescentou o ministro de louvor.
ResponderExcluirAsaph Borba também alertou que a confusão do artigo continua, quando o autor do texto não deixa claro quem são as pessoas que os evangélicos tanto têm “incomodado” na sociedade brasileira.
“Em segundo lugar, o articulista não deixa claro quais são as pessoas de bem a quem os evangélicos tanto perturbam. Fico livre, então, para imaginar quem seriam esses baluartes da honestidade e da intelectualidade que estão perturbados pelo aumento da fé evangélica. Quem são os políticos preocupados com o aumento da bancada evangélica? Essa gente ‘de bem’, por certo, deve ser a elite que cuida e direciona a educação e a cultura brasileira e quer impor goela abaixo da população suas práticas liberais, contrárias à Palavra de Deus, e que não são defendidas pelos evangélicos”, afirmou.
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