Por volta das 21h30, um tiroteio entre criminosos parou o trânsito na avenida Felizardo Moura, próximo à ponte de Igapó, que liga as zona Oeste e Norte da capital potiguar. De acordo com o comandante da Guarda Municipal de Natal, Michel Dantas, entre oito e 10 homens que pertencem a uma facção criminosa tentaram tomar o controle da comunidade do Mosquito, que fica às margens da avenida.
Durante o tiroteio, várias pessoas abandonaram os carros na pista e se esconderam no mangue do Rio Potengi. Houve batidas e motoristas chegaram a voltar pela contramão. O tiroteio foi suspenso com a chegada da Guarda Municipal ao local. Logo em seguida, houve reforço do policiamento com o Batalhão de Choque da Polícia Militar e de equipes das Forças Armadas.
Os suspeitos de envolvimento no caso fugiram. Os carros usados por eles, que eram roubados, foram abandonados no local.
Ainda durante a noite, foram registrados assaltos e tentativas de crimes no bairro Guarapes, na Zona Oeste. A Delegacia de Plantão da Zona Norte registrou ainda 17 roubos de carros e motos. Na central de flagrantes, foram registrados 13 crimes do mesmo tipo.
No fim da noite também houve correria durante um suposto arrastão próximo ao maior shopping da cidade, o Midway Mall, no bairro Tirol, Zona Leste da capital. Pessoas que estavam no local se abrigaram nas lojas e relataram pânico dentro do estabelecimento. O crime, porém, não foi confirmado pela polícia.
Onda de crimes
Policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte estão aquartelados desde a última terça-feira (19). Policiais civis trabalham em regime de plantão desde quarta (20). As categorias reivindicam, além de melhores condições de trabalho, o pagamento dos salários e 13º.
A paralisação das polícias gerou uma onda de crimes em várias cidades do estado. Assaltos, arrombamentos e arrastões se repetem diariamente. Em 10 dias, foram registrados mais de 500 casos somente na Grande Natal.
Nesta sexta (29), o Ministério da Defesa anunciou o envio de 2 mil militares das Forças Armadas para reforçar o patrulhamento ostensivo no RN. Desde o início da crise na segurança, o governo federal enviou cem homens da Força Nacional para auxiliar no patrulhamento. Eles se juntaram aos 120 integrantes da Força Nacional que já atuavam no estado.
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