Em 13 dias de paralisação da Polícia Civil e Polícia Militar, o Rio Grande do Norte registrou 94 homicídios até a manhã deste domingo, dia 31. A quantidade representa um aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 73 mortes violentas.
A chegada de 2.800 homens das Forças Armadas não alterou as estatísticas de homicídios. Somente na sexta-feira, 29, data em que parte das tropas foi às ruas, ocorreram 17 crimes do tipo. A data foi marcada por ter registrado a maior quantidade de óbitos desde o início das paralisações, no último dia 19.
Segundo levantamento do Observatório da Violência Letal Intencional (Obvio), instituto de contabiliza as mortes violentas no estado, antes da paralisação das polícias, a média era de 4,83 homicídios por dia. Durante as mobilizações esse número aumentou para 7,67.
O especialista em segurança pública e coordenador do Obvio, Ivênio Hermes, avalia que a chegada das Forças Armadas não inibe esse tipo de crime no estado. Desde 1º de janeiro até 31 de dezembro, foram contabilizados 2.403 homicídios, 20% a mais do mesmo período de 2016, quando o ano foi encerrado com 1.995 mortes.
— Será necessária uma operação tipo ocupação, com as Forças Armadas patrulhando o interior dos bairros, saindo apenas dos corredores de segurança para poder frear um pouco a onda de violência — analisa Hermes.
Um dos casos de homicídio foi de um senhor de 60 anos, em Extremoz, cidade da região metropolitana de Natal. Segundo informações da Polícia Civil, o senhor estaria em uma calçada próximo de sua residência quando foi surpreendido por outras duas pessoas, que o matou com pauladas. Até o momento, ninguém foi preso pelo crime.
O Globo
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