Filha, cuidado na hora se te abordarem, se [alguém] te chamar na porta de um carro, você não vai. Se tentarem te pegar, você corre, você grita. Mas se ainda te pegarem, filha, você clama a Deus, que Deus vai cuidar de você."
O alerta foi feito para a menina Vitória Gabrielly, de 12 anos, dias antes de ela desaparecer ao andar de patins perto de casa, em Araçariguama (SP). A entrevista foi gravada na sexta-feira (15), um dia antes do corpo da menina ser localizado na zona rural da cidade por um homem que caminhava pelo local e chamou a polícia.
O enterro foi na manhã deste domingo (17), no cemitério da cidade onde morava. Segundo a prefeitura, cerca de 2 mil pessoas participaram da despedida sob forte comoção. A mãe esteve ausente após passar mal.
Sentada na cama da filha, ainda em meio às investigações da polícia e a aflição de não saber o paradeiro dela, Rosana Guimarães contou ter sentido que algo poderia acontecer.
Vestindo uma camiseta com a foto da filha, Rosana relatou que passou as orientações para a menina Vitória em um domingo, depois que saíram da igreja. Na conversa, a garota ainda ouviu da mãe orientações de como agir caso fosse abordada por um desconhecido.
Você vai em um lugar público, tenta ligar pra mamãe, nem que seja a cobrar. Você pede ajuda de policiais, falei tudo isso pra ela. Sem nem saber o que estava pra acontecer."
Vitória Gabrielly foi vista pela última vez andando de patins na Rua Espírito Santo. Câmeras de segurança registraram ela passando pela via
A menina foi encontrada morta no início da tarde de sábado (16), em uma área de mata às margens de uma estrada de terra no bairro Caxambu, área rural da cidade. Vitória Gabrielly estava desaparecida desde o dia 8 de junho, quando saiu para andar de patins.
O advogado da família disse ao G1 que apurou junto aos peritos que há indícios de asfixia, com sinais de enforcamento, e que a morte da Vitória ocorreu de sete a oito dias, que pode ter acontecido no mesmo dia em que ela sumiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O blog exclui comentário que difamam, caluniam ou com linguagem chula.