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terça-feira, 9 de outubro de 2018

Deputados têm profunda perda de votos em nova eleição

Dos 15 deputados estaduais reeleitos no domingo apenas dois conseguiram ampliar suas respectivas votações nas eleições de domingo num comparativo com o pleito de 2014.
Foram eles: o presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB) e Souza Neto (PHS). Os demais despencaram as votações. O primeiro teve 3.783 a mais e o segundo 10.657.
Quem teve a votação mais reduzida foi Galeno Torquato (PSD) foram 29.023 votos a menos, seguido por Kelps Lima (SD) que recebeu menos 22.461 sufrágios.
Um fator determinante para a diminuição dos votos foi a pulverização dos votos e candidatos e em escala menor a repulsa popular aos políticos. O sentimento de mudança não pode ser desconsiderado. Serão nove novatos em 2019 na casa.
CandidatoVotação 2018Votação 2014Saldo
EZEQUIEL (PSDB)58.22154.438+3.783
GUSTAVO CARVALHO47.54457.757– 10.213
TOMBA FARIAS41.24948.980– 7.731
NELTER QUEIROZ40.71751.773– 11.056
HERMANO MORAIS38.05360.813– 22.461
GALENO TORQUATO34.53263.286– 29.023
GEORGE SOARES34.26338.637– 4.374
RAIMUNDO FERNANDES33.96535.333– 1.368
CRISTIANE DANTAS33.86038.955– 5.136
KELPS33.81959.619– 25.800
GETULIO RÊGO33.47752.118– 18.642
VIVALDO COSTA32.63834.457– 1.819
ALBERT DICKSON31.69837.461– 5.763
SOUZA31.09720.440+ 10.657
JOSÉ DIAS27.27537.844– 10.569
O fenômeno não ficou restrito à Assembleia Legislativa nem aos reeleitos. Espraiou-se de forma generalizada. A grande quantidade de candidatos (116 a federal e 330 a estadual) realmente contribuiu para essa baixa, além do desgaste da classe política.
Caso emblemático é do deputado Ricardo Motta (PSB), que era presidente da AL em 2014 e juntou 80.249 votos (4,84%) àquele ano. Agora, só obteve 18.036 (1,07%) e não conseguiu se reeleger. Sua desnutrição em quatro anos foi de 62.213 votos. Em 2014, teve voto para se eleger sozinho, sem precisar de somatório de quociente eleitoral, que chegou a 69.097 votos. Ou seja, 11.152 votos acima do quociente.
No caso da disputa à Câmara Federal, a desnutrição atingiu todos os reeleitos, que foram os “campeões de voto” do pleito 2014:
Walter Alves (MDB) – 79.333 (4,33%), sétimo lugar entre os vitoriosos em 2018. Em 2014 foram 191.064 (12,09%) e a primeira colocação. Uma queda de 111.731 votos.
Rafael Motta (PSB) – 82.791 (5,14%) e a quinta posição entre os eleitos neste ano. Já em 2014, ele totalizou 176.239 (11,15%), ficando em segundo lugar. Uma redução de 93.448 votos.
Fábio Faria (PSD) – 70.350 (4,37%) na eleição 2018, sendo o último colocado entre os eleitos. Em 2014, ele foi o terceiro mais votado ao atingir 166.427 (10,53%). Um desabamento de 96.077 votos.
Vale ser ressaltado, que Fábio teve menos voto do que Beto Rosado (PP), primeiro suplente da Coligação 100% RN, com 71.092 (4,42%). Por esses números, ele estaria eleito se integrasse a Coligação Trabalho e Superação onde estão

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