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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Essa é a caixa-preta do PT a que se refere Jair Bolsonaro


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Cuba trocou Mais Médicos pelo Porto de Mariel. O calote cubano talvez nos explique o que aconteceu de fato e o que está por vir depois da posse do capitão. Essa é a caixa-preta do PT a que se refere Jair Bolsonaro
Telegramas revelam que partiu de Cuba proposta para criar Mais Médicos, em negociação secreta com governo Dilma
Documentos da embaixada brasileira em Cuba mostram que tratativas foram mantidas em sigilo para evitar reação da classe médica brasileira. Procurados, PT e Dilma disseram que não vão comentar. Ex-ministro afirma que programa foi negociado publicamente, aprovado e prorrogado pelo Congresso.
Telegramas da embaixada brasileira em Havana revelam que partiu de Cuba a proposta para criar o programa Mais Médicos no Brasil, e que a negociação com o governo Dilma Rousseff (PT) ocorreu de forma secreta. Os documentos mostram ainda que foi adotada uma estratégia para que o programa fosse colocado em prática sem precisar da aprovação do Congresso Nacional. A troca de mensagens foi publicada pelo jornal “Folha de S.Paulo” e confirmada pela TV Globo.
Segundo a reportagem, Cuba apresentou todo o projeto, desde o envio de médicos e enfermeiras, até a assessoria para a construção de hospitais, a preços vantajosos, demonstrando a negociação de um acordo comercial entre os dois países.
Os telegramas, mantidos em sigilo por cinco anos, mostram que as negociações foram confidenciais para evitar reações da classe médica brasileira e do Congresso.
Os telegramas mostram que a negociação ocorreu da seguinte forma:
Cuba criou uma empresa estatal de exportação de serviços médicos em outubro de 2011
Missão cubana visitou regiões carentes do Brasil em março de 2012
Proposta inicial foi enviar 6 mil médicos às regiões da Amazônia brasileira
Cuba queria inicialmente US$ 8 mil por médico, e depois passou para US$ 5 mil
Brasil sugeriu US$ 4 mil, sendo US$ 3 mil para o governo cubano e US$ 1 mil para o médico
Proposta de usar a Opas como intermediária partiu do governo brasileiro
O Brasil aceitou exigências de Cuba como não realizar avaliações dos médicos nem permitir que eles exercessem a profissão fora do programa
Questões jurídicas deveriam ser levadas à corte Os telegramas, mantidos em sigilo por cinco anos, mostram que as negociações foram confidenciais para evitar reações da classe médica brasileira e do Congresso.
Os telegramas mostram que a negociação ocorreu da seguinte forma:
Cuba criou uma empresa estatal de exportação de serviços médicos em outubro de 2011
Missão cubana visitou regiões carentes do Brasil em março de 2012
Proposta inicial foi enviar 6 mil médicos às regiões da Amazônia brasileira
Cuba queria inicialmente US$ 8 mil por médico, e depois passou para US$ 5 mil
Brasil sugeriu US$ 4 mil, sendo US$ 3 mil para o governo cubano e US$ 1 mil para o médico
Proposta de usar a Opas como intermediária partiu do governo brasileiro
O Brasil aceitou exigências de Cuba como não realizar avaliações dos médicos nem permitir que eles exercessem a profissão fora do programa
Questões jurídicas deveriam ser levadas à corte em Havana
Iniciativa de Cuba
Em comunicação de 23 de abril de 2012, o então encarregado de negócios da embaixada brasileira em Cuba, Alexandre Ghisleni, relata encontro ocorrido três dias antes com Tomás Reinoso, vice-presidente de Negócios da Empresa de Serviços Médicos Cubanos (SMC), criada em 2011.
Na ocasião, Reinoso informou que já tinha contratos de serviços médicos em outros países e que conhecia o debate no Brasil sobre revalidação de diplomas e a utilização de médicos estrangeiros para solucionar o déficit de profissionais do país.
Segundo o diplomata, o representante cubano informou inclusive que uma missão da estatal cubana já havia visitado o Brasil. Em março de 2012, um grupo liderado por Maria Entenza Soto, especialista de negócios da empresa, visitou os Estados do Amapá, Bahia e Paraíba, além do Distrito Federal, onde discutiram possibilidades de cooperação.
O diplomata terminou seu comunicado sugerindo o envio do teor do encontro à Assessoria Internacional do Ministério da Saúde.
Outro comunicado da embaixada, de 24 de maio de 2012, relata encontro da vice-ministra de Saúde Pública de Cuba, Marcia Cobas, com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento brasileiro, Alessandro Teixeira, ocorrido em 22 de maio daquele ano durante a VI Reunião do Grupo de Trabalho Brasil-Cuba de Assuntos Econômicos e Comerciais.

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