Jair Bolsonaro pode acabar com o curral eleitoral nordestino, que se renovou com o lulismo.
Leia um trecho da coluna de Merval Pereira:
“O Nordeste, analisa Winston Frischt, tem peso demográfico e, portanto, eleitoral, ao contrário do Centro-Oeste e o Norte, e parte importante das elites ainda controla os eleitores, especialmente no interior dos estados. Frischt acredita, porém, que a dinâmica futura deste modelo está condenada, pois o Nordeste tende a perder peso demográfico com o deslocamento da fronteira agrícola.
Sobretudo, as elites atrasadas perdem capacidade de entregar voto com a urbanização avassaladora no Brasil, com o crescimento do voto corporativo religioso e com o novo mundo da competição política, com o crescimento da comunicação de baixo custo via redes na internet.
O crescimento de Bolsonaro nos centros urbanos do Nordeste é sinal disso, diz ele, para concluir: ‘Se o novo governo realmente descentralizar políticas e verbas públicas, e concluir a privatização inacabada, e a reforma política criar cláusulas de barreira e voto distrital, esta distorção centenária da democracia brasileira será ferida de morte’”.
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