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quarta-feira, 31 de julho de 2019
O silêncio criminoso da esquerda diante do massacre em Altamira.
Há dois dias o Pará, o Brasil e o Mundo assistiram estarrecidos o maior massacre em presídios desde Carandiru. 61 mortos, com direito à fotos com cabeças à mostra divulgadas pelo WhatsApp.
Conforme os fatos íam sendo apurados, se soube que antes de estourar a guerra entre as facções criminosas, o CNJ já havia apresentado um relatório em que classificava o Centro de Recuperação Regional de Altamira como “em péssimas condições”, com superlotação e falta de agentes. ( clique aqui)
Para espanto geral, a imprensa não cobrou o Governador pelas mortes, como fazia no tempo em que os tucanos, seus adversários políticos, estavam no poder. Muito pelo contrário, usaram a tragédia até para evidenciar as supostas qualidades de Helder Barbalho como gestor.
Nada de muito a se estranhar. No Pará a mídia, ou pertence a Famiglia Barbalho, ou é paga por ela.
Por outro lado nos causou certa surpresa que ongs, movimentos sociais, partidos de esquerda, lideranças, nada falassem sobre o massacre ocorrido em Altamira e as precárias condições dos presídios no Pará, bandeira que sempre a esquerda levantou.
Por mais que soubéssemos da aliança velada entre Helder e PSOL, não acreditávamos que, diante de uma tragédia dessas proporções, ela tivesse o desfaçatez de fazer cara de paisagem.
Cadê as faixas e os manifestantes na rua pedindo justiça? cadê a ALEPA? por que ninguém até agora propôs uma CPI para se apurar os responsáveis pelo massacre de mais de 50 pessoas que morreram sob a custódia do Estado?
Chega a ser criminosa a conivência dos líderes da esquerda diante de fato tão grave.
Fica o questionamento para reflexão: se acaso o massacre houvesse acorrido em um Presídio Federal não estariam todos na rua gritando “fora Bolsonaro”?
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