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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Como ninguém notou que assassino de menina autista era psicopata?

É difícil imaginar que um psicopata capaz de tanta maldade atinja a idade adulta sem que familiares percebam algum desvio de comportamento

Menina apareceu morta em festa de escola

É um desalento ter que buscar alguma saída para a violência que desgraça esse país e nos impõe quase diariamente a casos de crianças abusadas e mortas. Fossem as balas perdidas que se tornaram rotina, já seria devastador. Mas ainda temos de conviver com a banalidade atroz que se tornou a ação de predadores e sociopatas que circulam impunemente atrás de presas infantis.
O caso da menina autista morta durante uma festa na escola em que estudava não foi solucionado. Qualquer que seja a conclusão, porém, vai expor ainda mais o quanto nossas crianças estão vulneráveis e desprotegidas na sociedade doentia em que vivemos.
Assassinos e abusadores de meninos e meninas são criaturas desprezíveis e odiosas. Até mesmo no submundo do crime recebem o pior dos julgamentos. Serem considerados dementes e insanos é o pior a se ouvir a respeito, pois deveria ser um atalho para identificar esse tipo de monstro – e não um complicador na hora de serem punidos e afastados definitivamente do convívio social.
É pouco razoável imaginar que um psicopata capaz de tamanha maldade atinja a idade adulta sem que familiares ou amigos percebam algum desvio de comportamento, um comentário que seja, algo que ajude a prevenir (e impedir) os crimes que essas mentes malignas arquitetam. Está faltando informação científica ou simplesmente mais atenção de nossa parte?
Obviamente não se trata de propor a instauração de um clima de paranoia. Sabemos quantas injustiças podem advir de achismos ou pressuposições em torno de a¬ssunto tão grave. Mas poderíamos pautar mais profundamente esse debate, buscar embasamento que nos dê algum alento. O que não é suportável é aguardar em silêncio pela próxima vítima.
R7

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