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sábado, 28 de dezembro de 2019

Dinheiro que PT gastou em porto de Cuba daria pra resolver problemas de UTIs hospitalares no Brasil


O país tem 26 mil leitos de UTI. O recomendado é 66 mil leitos. O governo brasileiro resolveria o problema com 1 bilhão de dólares que gastou no Porto de Mariel
Destaques dos últimos acontecimentos:
1) Um goiano, presente à despedida de Dilma Rousseff à porta do Palácio do Planalto, no dia 12 deste mês, comentava sobre a pretensa depressão que Lula da Silva aparentava naquele momento, e que mereceu comentários compungidos da boa parte da imprensa que lhe é simpática. Na verdade, parecia tratar-se de algo bem mais prosaico do que um estado depressivo: Lula aparentava viver o momento em que uma enorme bebedeira, usada para afogar as mágoas de uma massacrante votação no Senado, era substituída pela monumental ressaca correspondente.
2) O “espírito de corpo” funcionou no núcleo mais antigo do governo, quando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), garantiu a uma Dilma afastada da Presidência da República salário integral, alojamento completo no Palácio da Alvorada, transporte aéreo, terrestre e assessoria; e na Câmara dos Deputados, quando os aliados de Eduardo Cunha na mesa diretora garantiram a ele vantagens iguais durante seu afastamento da presidência da Casa. Tudo sob o cúmplice silêncio do PT. Que teria feito um escândalo de grau 10 na escala Richter se as mesmas vantagens tivessem contemplado Fernando Collor, quando, de modo idêntico a Dilma, sofreu impeachment. Muita cortesia desmerecida com dinheiro público.
3) Petistas e assemelhados já estão mostrando ao PSDB, ao DEM e demais partidos que pretensamente (apenas pretensamente) fizeram oposição ao governo do PT o que é ser aguerrido. Nem bem tomou posse, Michel Temer já está sob a artilharia petista, que não se envergonhou um momento sequer por ser despejada do governo após os desastres da incompetência, da roubalheira e da ideologia.
No momento em que escrevo, as senadoras Gleisi Hofmann e Vanessa Grazziotin difamam o governo e o Brasil em Portugal, e artistas acostumados às “boquinhas” do governo petista fazem o mesmo no Festival de Cannes.
Internamente as críticas já começam quanto a um ministério sem mulheres e sem negros, como se vantagem fosse ter num ministério mulheres que prestam conta à Justiça por desonestidade, como Gleisi Hofmann ou Erenice Guerra. Cumpre dizer, aliás, não havia no governo Dilma nenhum ministro negro. O Brasil precisa no ministério de gente íntegra e competente, coisa que o simples fato de ser mulher ou ser negro não garante. Michel Temer não pode esperar nenhum dia de paz em seu governo. Incompetentes para todo outro tipo de trabalho, petistas e demais marxistas não podem ser menosprezados quando se trata de fazer oposição e propaganda.
4) Após, desde os governos de Fernando Henrique Cardoso, termos contemplado um desfile de nulidades (ou de malfazejos) como titulares do Ministério da Justiça, é com alento e esperança que vemos a chegada de Alexandre de Morais àquela pasta. Suas declarações à imprensa e, mais que isso, sua passagem pela Secretaria de Segurança do governo paulista são sinais alvissareiros.
5) Um empresário paulista, meu conhecido, conta que esteve em Cuba, onde recebeu insistente pedido do governo cubano para instalar na ilha uma indústria como as que tem no Brasil, que produzem bens voltados para o consumo de turistas. Sem um mínimo de infraestrutura para receber um fluxo maior de visitantes, os cubanos já se preocupam com a chegada dos endinheirados norte-americanos.
Regressando ao Brasil, o empresário recebeu a visita de um fabricante de máquinas, que propôs a ele venda de equipamentos para a possível indústria em Cuba, a juros anuais de 3%, com verba do BNDES. O empresário disse então que aceitaria o oferecimento, mas para a aquisição de máquinas para suas indústrias daqui. O fabricante retrucou que isso era impossível. Os juros de 3% do BNDES eram para uma linha especial destinada a Cuba. Para o Brasil os juros eram “ligeiramente” diferentes: 15%. É de deixar qualquer um que tem um pouco de discernimento indignado. Nosso dinheiro, que tanta falta faz aqui, era desviado para a ditadura cubana, apenas para satisfazer à ideologia petista. E a juros cinco vezes menores. Correto seria mudar o nome do BNDES para Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Socialista.
6) Conto um fato, para mais uma vez repisar que fazem muita falta aqui as dezenas de bilhões de dólares que os petistas enviaram para Cuba, Venezuela, Nicarágua, Equador, El Salvador, Angola, Moçambique e outras ditaduras, quase sempre como empréstimos do BNDES que dificilmente serão pagos. Um importante político goiano, meses atrás teve uma complicação de saúde e correu sério risco de vida por não encontrar vaga em UTI. Imaginemos o que ocorre com pessoas humildes, que não têm a quem recorrer. As televisões mostram sobejamente que em todo o território nacional faltam leitos em UTI, e muitas mortes advêm dessa deficiência. Contas que o leitor precisa conhecer: O Brasil tem aproximadamente 26.000 leitos de UTI. O recomendado pela Organização Mundial da Saúde seria, por nossa população, 66.000 leitos. Faltam, pois, 40.000. A R$ 100 mil por leito, custo aproximado de sua implantação, seriam necessários 4 bilhões de reais para cobrir nossa deficiência de UTIs hospitalares. Ou 1 bilhão de dólares, justamente o valor dado de presente à ditadura cubana, para construção do Porto de Mariel, em Havana.
7) Michel Temer vê à sua frente tarefa muito mais árdua do que a experimentada por Itamar Franco quando se viu em posição semelhante. O PT ainda não havia aparelhado a máquina pública federal, tinha menos recursos do que tem hoje (ninguém sabe as reservas ocultas do partido) e o Congresso não tinha os hábitos fisiológicos no grau que agora adota, após o mau costume que veio da compra de votos para o segundo mandato de Fernando Henrique, e em seguida os ainda mais nefastos mensalão, petrolão e etc.
Os petistas Lula da Silva e Dilma Rousseff mandaram para Cuba, para construir o Porto de Mariel, dinheiro que faz muita falta aos brasileiros | Fotos:  Ricardo Stuckert/ Instituto Lula e Lula Marques/Agência PT
Os petistas Lula da Silva e Dilma Rousseff mandaram para Cuba, para construir o Porto de Mariel, dinheiro que faz muita falta aos brasileiros | Fotos: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula e Lula Marques/Agência PT
As bancadas petistas eram menores, quando Collor caiu, embora não menos afoitas e desaforadas. Temer foi certeiro no preservar a economia, sob o comando de Henrique Meireles, o que de certa forma até inibe os ataques de Lula, se é que Lula tem algum tipo de inibição. Essa preservação tende a inspirar confiança no empresariado nacional e internacional, e se Meireles for feliz na escolha dos seus auxiliares nos órgãos econômicos e nos bancos federais, tarefa que recebeu por delegação, poderá reverter rapidamente a deterioração da atividade e do emprego, como acontece na Argentina de Macri, e como aconteceu com Itamar Franco.
Ainda que lenta a recuperação, se for firme, todos respiramos. A composição ministerial mostra que Temer paga em qualidade ministerial uma possível tranquilidade para governar e até arriscar algumas reformas. Ficam algumas indagações: quem será fulminado pela Lava Jato entre os que estão na mira de Sérgio Moro e do Supremo? Se forem os petistas mais atuantes (Lula, Lindbergh Farias, Gleisi Hofmann e Jaques Wagner, por exemplo) Temer ganhará algo em tranquilidade para governar. Idem se forem não petistas, mas assemelhados na prática e nos hábitos, e aí se contam Renan Calheiros e Eduardo Cunha entre outros. Mas se forem componentes do governo, como Romero Jucá, por exemplo, existirão desgastes. Existem incógnitas: Como vai se comportar Raul Jungmann, que não deixa de ser uma mancha vermelha na Esplanada dos Ministérios? José Serra vai colocar em primeiro plano os interesses do governo ou sua eterna pretensão a presidente da República? Que Deus proteja Michel Temer (e a nós).

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