Últimas notícias

MOVIMENTO CANARINHO: HEGEMONIA CULTURAL DE ESQUERDA NUNCA MAIS!




    "Um elefante incomoda muita gente/ Dois elefantes incomodam, incomodam muito mais/ Três elefantes incomodam muita gente/ Quatro elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais/ (...) Nove elefantes incomodam muita gente/ Dez elefantes incomodam... muito mais." Há menos de uma semana de fundado, o movimento artístico-cultural Canarinho, que agrega artistas e intelectuais norte-rio-grandenses de direita, já tirou o sossego de militantes gramscistas país afora.



    O portal de esquerda paulista "Fórum", por exemplo, reproduz uma matéria do escritor e jornalista natalense Rafael Duarte, publicado originalmente no local "Saiba Mais", sobre a polêmica que se desenvolve da ação coletiva. Nele, Duarte cita o colega Tácito Costa em postagem divulgada em sua página no Facebook.


     Em seu texto, Costa diz que o movimento lançado no último sábado (18) na Galeria B-612, na Ribeira (Natal/RN), remete à "nacionalista" Primeira Grande Exposição de Arte Alemã, relacionando o movimento potiguar – e muito em breve nacional – ao nazismo do ditador Adolfo Hitler, que matou, estima-se, 40 milhões de pessoas entre as décadas de 1930/40, quando esteve no poder na Alemanha. O ex-editor da revista "Preá", como Costa se apresenta na rede social, errou ao informar que o "engajamento político/ideológico" nas artes e na cultura não é tão "antípoda" assim...



     Tenhamos como exemplo a NACIONALISTA Revolução Cultural Chinesa – ou a Grande Revolução Cultural Proletária –, ocorrida entre os anos de 1966 e 1976, quando a milícia Guarda Vermelha – particularmente, a Gangue dos Quatro, também conhecida como Camarilha dos Quatro – perseguiu, mandando milhões de chineses para campos de concentração, e matou outros milhares de artistas e intelectuais compatriotas. Nessa fase, sob as ordens do comunista Mao Tsé-tung, o maior genocida na história da humanidade – estima-se que o tirano asiático tenha matado, no mínimo, 70 milhões de pessoas, segundo historiadores – artefatos históricos foram destruídos e milhares livros queimados em locais públicos, além de assassinatos de dissidentes pela simples atitude de fazer oposição ao regime.



     Costa encerra seu texto afirmando que o Movimento Canarinho é o resultado de "obras medíocres, feias e com destino previsível: a lata de lixo". Talvez ele estivesse se referindo àquele episódio do maoismo. Todavia, pelo que eu saiba, não é essa a intenção dos valorosos artistas e intelectuais potiguares. Como a do artista visual Tiago Vicente (na imagem, segundo da esq. à dir.), que lidera o movimento. Acredito, sim, que ele e os demais integrantes do Movimento Canarinho, prezem a democracia, tão inaceitável para os soberbos e violentos vermelhos. Estão buscando, apenas, seu espaço sem serem discriminados, perseguidos e, acima de tudo, menosprezados.



     Afinal, como diz o irlandês Oscar Wilde, em "O Retrato de Dorian Gray": "O artista é o criador de coisas belas. (...) O crítico é aquele que sabe traduzir de outra maneira ou com material diferente a sua impressão das coisas belas. A mais elevada, assim como a mais baixa, das formas de crítica é uma espécie de autobiografia. Aqueles que encontram significações feias nas coisas belas são corruptos, sem serem encantadores. Isso é um defeito. Aqueles que encontram belas significações nas coisas belas são cultos. Para esses, há esperança".


Jornalista Sílvio Santiago


Obs.: Todas as obras de arte que ilustram essa matéria são de autoria dos artistas do MOVIMENTO CANARINHO.

Nenhum comentário