Presidente diz que não vai indicar nomes do novo governo e fez apelo à oposição
Em seu primeiro pronunciamento ao lado de Dilma Rousseff após a vitória, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (3) que não vai interferir nem na escolha da equipe de transição nem vai indicar nomes para a futura equipe ministerial. Ele disse que o novo governo terá a “cara de Dilma”.
O presidente afirmou que Dilma é “doutora” em assuntos como o pré-sal [para a exploração de petróleo] e que conhece tão bem a estrutura de governo que ele não pretende interferir.
- O governo da Dilma tem que ser a cara e a semelhança da Dilma. Somente ela pode dizer quem ela quer ou não quer.
Para não deixar dúvidas, afirmou que vai ser um exemplo de ex-presidente.
Para não deixar dúvidas, afirmou que vai ser um exemplo de ex-presidente.
- Vou repetir como funciona na minha cabeça: rei morto é rei posto. Eu falei que ia dar uma lição de como se comporta um ex-presidente da República. Um ex-presidente poderá dar algum conselho se algum dia for pedido, mas para trabalhar nunca.
Ele disse que Dilma terá “muita criatividade” porque a estrutura do governo já está pronta. Ele fez uma metáfora com um carro ao dizer que ele “não está na garagem”, mas “andando a 120 quilômetros por hora” e “com os pneus calibrados".
Ele disse que Dilma terá “muita criatividade” porque a estrutura do governo já está pronta. Ele fez uma metáfora com um carro ao dizer que ele “não está na garagem”, mas “andando a 120 quilômetros por hora” e “com os pneus calibrados".
- Ela própria foi coordenadora de projetos do atual governo
O presidente lembrou que a petista vai ter mais deputados e senadores apoiando sua gestão do que ele teve em seus dois anos de mandato. Mesmo assim, fez um apelo à oposição para pensar no "povo brasileiro" e ajudar Dilma a governar. Pediu que a oposição “seja responsável” e não vote contra os projetos do novo governo motivado por interesses “partidários”. Como exemplo, ele citou os R$ 40 bilhões de investimentos que a Saúde teria perdido com a queda da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), derrubada pela oposição e considerada a maior derrota de seu governo.
Ao dizer que seu governo não pretende terminar o ano tomando "medidas impopulares" na economia, ele acusou os Estados Unidos e a China de promoverem "uma guerra cambial", mas que, nas próximas discussões do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), ele “vai para brigar” com o grupo, que dessa vez terá de “enfrentar Lula e Dilma”.
A reunião do G20 está marcado para os próximos dias 11 e 12, na Coreia do Sul, e Lula estará ao lado de sua sucessora.
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