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INVESTIGAÇÃO: Procuradora da Assembleia quer falar, mas advogado só libera após conhecer todos os autos da operação

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A procuradora-geral da Assembleia Legislativa, Rita das Mercês Reinaldo, deveria ter prestado depoimento ontem aos promotores de Defesa do Patrimônio Público. Seria a última oitiva a ser colhida pelos promotores Rafael Silva Paes Pires Galvão e Keiviany Silva de Sena, relativas às presas na Operação Dama de Espadas, deflagrada na quinta-feira passada. Os advogados da procuradora, Anselmo Cortez e Flaviano da Gama, requisitaram, porém, a dilação do prazo do depoimento para que eles pudessem analisar os 40 volumes que compõem a investigação para melhor traçar a estratégia de defesa da cliente. Uma nova data deverá ser anunciada na próxima semana.
O MP tem até a terça-feira para apresentar denúncia à Justiça contra Rita das Mercês e Ana Paula Macedo de Moura, presas desde a manhã da quinta-feira. Os promotores, contudo, concordaram em adiar o depoimento da suspeita de liderar esquema de corrupção no Poder Legislativo.
“Pedimos que ela prestasse o depoimento depois que tivéssemos conhecimento da dimensão da investigação, que já dura seis anos. Ela está presa há pouco mais de 24 horas e a defesa, obviamente, ainda não teve acesso ao que se trata. A defesa quer saber dos detalhes para que ela possa dar as respostas e esclarecer os equívocos do Ministério Público”, explicou o advogado Flaviano Gama.
De acordo com o advogado, a procuradora está ansiosa para falar, mas a própria defesa está aconselhando que ela aguarde a orientação. “Ela está à disposição e acredito que até terça-feira (25) teremos condições de ver e ouvir tudo o que está no processo para passar para ela a melhor orientação. Queremos saber como o Ministério Público chegou a essa conclusão”, disse o advogado Flaviano da Gama ao sair da Promotoria ontem à tarde, acompanhando a procuradora-geral.
Mesmo sem falar à Imprensa, Maria das Mercês Reinaldo negou qualquer envolvimento em ato corruptivo. O advogado da servidora pública, que foi presa na quinta-feira (20), garante que a procuradora é inocente e que não caberia a ela fazer nomeações dentro da Assembleia. “Não ficou comprovada a existência de funcionários fantasmas e ela não teria participação nisso, até porque não é ela quem escolhe ou fiscaliza as atividades das pessoas, se elas estão trabalhando ou não”, explicou o advogado.

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