Suspeita confessa ter matado grávida e tirado feto do útero, diz polícia
Após se entregar à polícia, Mirian Aparecida Siqueira confirmou que matou a jovem Valíssia Fernandes de Jesus, grávida de oito meses, e tirou o feto do útero da vítima, em Pitangueiras (SP). A afirmação é do delegado Maurício José Nucci, que registrou o depoimento da suspeita na tarde desta sexta-feira (14). Ela não possui advogado constituído para comentar o caso.
De acordo com o delegado, Mirian confessou que ela e Valíssia tiveram um desentendimento na tarde de quarta-feira (12) porque a adolescente havia prometido entregar-lhe o bebê logo após o nascimento, mas teria desistido do suposto acordo. A vítima e o bebê morreram depois da suspeita esfaquear Valíssia.
“Ela disse que mantinha amizade com a Valíssia já fazia dois anos. Elas se desentenderam, discutiram, e a Mirian acabou esfaqueando a Valíssia. Disse ainda que retirou o feto do útero porque imaginava que o bebê pudesse estar vivo, e queria o bebê para ela”, afirmou.
O delegado disse, porém, que não acredita na versão apresentada pela suspeita do crime. Em depoimento, Mirian negou que conheceu Valíssia em um ensaio fotográfico para gestantes, como afirmou a irmã da vítima à polícia.
“É uma versão dela. Uma versão que, pelas nossas investigações, não se sustenta. Ainda são necessários os exames periciais, foram requisitados exames necroscópicos, e também algumas testemunhas precisam ser ouvidas”, explicou o delegado.Também no depoimento à polícia, Mirian disse que acreditava estar grávida do marido, mas, depois de um tempo, percebeu que não. Foi então que ela e Valíssia fizeram o suposto acordo para que o bebê da adolescente fosse entregue a ela após o nascimento.
“Ela confirmou que imaginava estar grávida. Porém, agora, ela tem consciência de que não tem uma gravidez. Ela alega que não sofre de nenhum transtorno psiquiátrico ou psicológico, não toma remédios, não usa álcool ou droga”, afirmou o delegado.Mirian permanece detida na delegacia de Pitangueiras, enquanto a Justiça avalia o pedido de prisão temporária por 30 dias, feito pela Polícia Civil. A suspeita também disse ao delegado que lavou e escondeu a faca usada no crime.
“Ela própria assume que cometeu o crime sozinha. Ela disse que lavou a faca, retirou todos os vestígios de sangue e guardou na própria casa. Então, nós estamos fazendo diligências para recuperar essa faca”, concluiu.
G1/SP
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