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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Bolsonaro parabeniza Trump e diz que Brasil está “no mesmo caminho”; Jean Wyllys vê “catástrofe”

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A vitória de Donald Trump na eleição presidencial norte-americana nesta quarta-feira (9) provocou reações de apoio e crítica entre políticos e personalidades brasileiros. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que é cotado para lançar sua candidatura a presidente em 2018, parabenizou Trump e relacionou o resultado nos Estado Unidos com o Brasil. “Vence aquele que lutou contra ‘tudo e todos’. Em 2018 será o Brasil no mesmo caminho”, escreveu em suas contas nas redes sociais.
Já o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) classificou a vitória de Trump como uma catástrofe. “Mergulhamos na nova idade media (leia-se como pronunciam os americanos). Donald Trump presidente dos EUA é uma catástrofe”, escreveu no Twiiter.


O presidente Michel Temer disse que o resultado não muda em nada a relação entre o Brasil e os Estados Unidos. “Tenho dito que a relação do Brasil com os Estados Unidos e os demais países é institucional, ou seja, de Estado para Estado. É claro que o novo presidente [norte-americano] que assume terá de levar em conta as aspirações de todo o povo americano. Tenho certeza que não muda nada na relação Brasil e EUA”, declarou Temer em entrevista à rádio Itatiaia.
O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) afirmou que o resultado é o retrato de um novo momento na cena política e vem em linha similar à decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia. “Não é surpreendente [o resultado da eleição], considerando a madura democracia dos Estados Unidos. É um retrato de um novo tempo do processo político, vimos isso também quando a Inglaterra decidiu sair do mercado comum. Portanto não há grande surpresa, estamos convivendo e temos que aprender a conviver com novos tempos em política”, afirmou o ministro.
Eduardo Suplicy (PT), ex-senador e vereador eleito em São Paulo, lamentou a eleição de Trump. “Lamento a vitória de Donald Trump, mas respeito a decisão democrática do povo norte-americano. Vamos estar atentos a cada passo e expressar nossa opinião sobretudo para o que for importante para a paz mundial”, escreveu no Facebook.
A advogada Janaina Paschoal, uma das responsáveis pela acusação de Dilma Rousseff no processo de impeachment, disse que a eleição de Trump deveria abrandar a disputa entre presidenciáveis no Brasil e criticou os “planos perenes de poder”. “Trump e, contra todas as previsões, ganha. Melhor nossos presidenciáveis trabalharem o presente”, escreveu.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) ligou o resultado com a proposta do teto de gastos públicos, enviada ao Congresso pelo presidente Michel Temer.
Para Requião, a “insensibilidade grotesca do mercado” foi o motivo da eleição de Trump e “ameaça Brasil com a verdadeira estupidez” do teto de gastos. “Povo irá reagir, agora ou depois”, escreveu. “Trump foi eleito pelos marginalizados pelo capital, vitimas de políticas semelhantes a da PEC241/55”, completou.
O ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), fez um comentário sem citar diretamente Trump. “Nacional-populismo é xenófobo e protecionista. Não se enganem, só não é ruim pra a especulação financeira dos ‘mercados’. O resto se ferra”, declarou.
O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) declarou que a “vitória de Trump é o triunfo da mediocridade. Hipernacionalismo, xenofobia, homofobia, racismo, a cara mais escancarada do que é a direita”.
Xico Graziano, o assessor do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que na semana passada lançou uma campanha para FHC voltar à Presidência, amarrou o resultado nos EUA às eleições municipais no Brasil e ainda ao cenário para 2018. “Vitória de Trump acende o farol aqui.


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