Presos ganham dinheiro e reduzem pena com produção de vassouras
Ao invés do ócio, o trabalho. Ao invés do isolamento, o convívio com outros presos. É dessa forma que o projeto 'Varrendo a violência, empregando a paz' pretende ressocializar presos no Centro de Detenção Provisória de Apodi, na região Oeste do Rio Grande do Norte. A unidade instalou uma fábrica de vassouras para os presos trabalharem. Além da ocupação, os detentos ganham parte do dinheiro da venda das vassouras e a remissão de um dia da pena para cada três dias trabalhados.
"Estou trabalhando, ajudo minha família e ainda reduzo minha pena. É muito melhor do que passar o dia todo dentro de uma cela sem fazer nada", diz A instalação da fábrica custou R$ 700 e a compra do material para a produção das vassouras mais R$ 300. Ao todo, oito presos trabalham no projeto: seis do regime fechado produzem as vassouras com garrafas pet e outros dois detentos do regime semiaberto vendem o produto nas ruas da cidade.
"Queremos ampliar o projeto, comprar outra máquina para que mais presos possam trabalhar. O trabalho faz bem a eles, eles se sentem úteis. O gasto que a gente teve é tão pequeno e o projeto tem um alcance tão com a ressocialização desses presos", disse Márcio Moraes, diretor do CDP de Apodi.
A unidade prisional tem capacidade para 80 detentos e atualmente tem 60 presos do regime fechado e 10 do semiaberto. "Não temos registro de rebeliões e fugas aqui no CDP", diz Moraes.
Além da fábrica de vassouras, os presos da unidade trabalham em obras, limpeza de escolas e hospitais, e na manutenção do próprio CDP. Foram eles que construíram o centro cirúrgico da maternidade Claudina Pinto, principal unidade de atendimento á saúde da mulher do município de Apodi.
Antônio Benildo de Oliveira foi um dos que atuou na obra da maternidade. Ele já cumpriu 3 anos e 3 meses e tem mais de 300 dias de remissão de pena por dias trabalhados. "É muito melhor a pessoa estar trabalhando do que com a cabeça vazia. Se em todo canto fosse assim, não tinha essas rebeliões, essas desgraças todas que a gente vê nos presídios", disse.
CDP construído pelos presos
O trabalho é uma constante dentro do CDP de Apodi. Em 2015 foi inaugurado o novo prédio do CDP que foi construído pelos própios presos. A obra custou R$ 150 mil, dos quais R$ 110 mil foram pagos pela Comarca de Apodi por meio da arrecadação de penas pecuniárias - multas aplicadas nos processos. O Ministério Público entrou com o projeto arquitetônico e os demais apoiadores contribuíram com cimento, tubos de aço, tijolos, telhas, equipamentos e uma cisterna com capacidade para 16 mil litros. A mão-de-obra incluiu dez presos, que trabalharam como pedreiros e serventes de pedreiro.Antônio Benildo de Oliveira, de 44 anos, preso por homicídio.
"Estou trabalhando, ajudo minha família e ainda reduzo minha pena. É muito melhor do que passar o dia todo dentro de uma cela sem fazer nada", diz A instalação da fábrica custou R$ 700 e a compra do material para a produção das vassouras mais R$ 300. Ao todo, oito presos trabalham no projeto: seis do regime fechado produzem as vassouras com garrafas pet e outros dois detentos do regime semiaberto vendem o produto nas ruas da cidade.
"Queremos ampliar o projeto, comprar outra máquina para que mais presos possam trabalhar. O trabalho faz bem a eles, eles se sentem úteis. O gasto que a gente teve é tão pequeno e o projeto tem um alcance tão com a ressocialização desses presos", disse Márcio Moraes, diretor do CDP de Apodi.
A unidade prisional tem capacidade para 80 detentos e atualmente tem 60 presos do regime fechado e 10 do semiaberto. "Não temos registro de rebeliões e fugas aqui no CDP", diz Moraes.
Além da fábrica de vassouras, os presos da unidade trabalham em obras, limpeza de escolas e hospitais, e na manutenção do próprio CDP. Foram eles que construíram o centro cirúrgico da maternidade Claudina Pinto, principal unidade de atendimento á saúde da mulher do município de Apodi.
Antônio Benildo de Oliveira foi um dos que atuou na obra da maternidade. Ele já cumpriu 3 anos e 3 meses e tem mais de 300 dias de remissão de pena por dias trabalhados. "É muito melhor a pessoa estar trabalhando do que com a cabeça vazia. Se em todo canto fosse assim, não tinha essas rebeliões, essas desgraças todas que a gente vê nos presídios", disse.
CDP construído pelos presos
O trabalho é uma constante dentro do CDP de Apodi. Em 2015 foi inaugurado o novo prédio do CDP que foi construído pelos própios presos. A obra custou R$ 150 mil, dos quais R$ 110 mil foram pagos pela Comarca de Apodi por meio da arrecadação de penas pecuniárias - multas aplicadas nos processos. O Ministério Público entrou com o projeto arquitetônico e os demais apoiadores contribuíram com cimento, tubos de aço, tijolos, telhas, equipamentos e uma cisterna com capacidade para 16 mil litros. A mão-de-obra incluiu dez presos, que trabalharam como pedreiros e serventes de pedreiro.Antônio Benildo de Oliveira, de 44 anos, preso por homicídio.
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