Um verdadeiro Herói! PM QUE AJUDOU A SALVAR BEBÊ DESFALECIDO É O MESMO QUE TIROU COLEGAS POLICIAIS DENTRO DE VIATURA EM CHAMAS
Por volta das 20h de segunda-feira (15), dois Policiais Militares salvaram a vida de um recém-nascido, em Marília.
Os pais chegaram ao quartel do 9º Batalhão de Polícia Militar do Interior com a criança nos braços, pedindo, desesperados, por socorro, pois ela havia se engasgado e parado de respirar.
O policial militar Renato Taroco é o mesmo que salvou o bebê de 21 dias em Marília
Um verdadeiro Herói!
Ele também ergueu o veículo com os braços para que os outros dois policiais fossem resgatados após um acidente após uma perseguição policial em Paraguaçu Paulista.
Há dois anos, esse mesmo policial militar resgatou outros dois colegas durante uma perseguição, em Paraguaçu Paulista (SP). Ele levantou uma viatura, em chamas, com os braços para salvar os colegas e, por esse ato de bravura, ele ganhou um prêmio nacional da Polícia Militar, como um herói da vida real.
O soldado Renato Taroco ainda lembra detalhes do acidente. Era noite e plantão dele de trabalho em Oscar Bressane quando uma ocorrência na cidade vizinha mobilizou os policias da região.
“Um indivíduo havia esfaqueado a esposa dele em Echaporã e tomou sentido da rodovia e como estava eu e meu parceiro cabo Moro, a gente foi para rodovia para tentar localizá-lo, caso ele passasse por lá, ficamos ali 20 minutos e ele passou.”
Houve uma perseguição pela rodovia até perto de Paraguaçu Paulista. Cerca de 35 km depois, uma viatura de Paraguaçu Paulista veio para dar apoio aos policiais e quando o suspeito viu o veículo da PM na direção contrária e fechando o cerco, jogou o carro em cima deles.
“A viatura jogou para o acostamento e ele naquele desespero de querer fugir, ele viu que não ia conseguir fugir devido ao cerco policial, desviou o curso e jogou o próprio carro de frente com a viatura policial que estava parada no acostamento. Bateu de frente a 200 km/h.”
Enquanto o resgate não chegava, Renato e o colega dele de trabalho resolveram socorrer os policiais porque o carro começou a pegar fogo. Outros policiais chegaram para ajudar, mas as vítimas estavam presas embaixo do veículo que pesa mais de uma tonelada.
“A única opção que teve realmente foi querer erguer a viatura com a própria mão para tentar fazer o socorro ali. Juntamos nós quatro na viatura, ai eu fiz tanta força segurando a viatura na parte traseira dela, do lado da roda, eu fiz tanta força que eu quebrei meu braço direito”, lembra.
E as lesões causadas na tentativa de resgate não foram só no braço. “O resgate, eu imagino que foi em torno de 5 a 7 minutos e nesse tempo, eu quebrei a minha coxa direita, a panturrilha, quebrei meu tornozelo e lesionei minha coluna.”
E as lesões causadas na tentativa de resgate não foram só no braço. “O resgate, eu imagino que foi em torno de 5 a 7 minutos e nesse tempo, eu quebrei a minha coxa direita, a panturrilha, quebrei meu tornozelo e lesionei minha coluna.”
Os dois policiais que estavam na viatura atingida foram levados para o hospital, um deles morreu, assim como o motorista do carro que teria provocado o acidente após a perseguição. Apesar da tragédia, o ato de bravura do policial foi reconhecido nacionalmente.
A história de como ele se sacrificou para salvar os colegas de farda venceu o prêmio do Concurso Heróis Reais. Nele, a população que elege o ato mais corajoso e Renato Taroco foi o campeão com quase quatro mil votos.
Ele também foi homenageado pela Rota, grupo de elite da Polícia Militar, pelo comandante e pelo secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo.
Renato recebeu prêmio do concurso “Heróis Reais” por ter salvo os colegas .
“A atitude do Taroco enobrece a nossa corporação. É uma atitude que se espera de um policial, mas diante da precariedade da situação, do conjunto de coisas que aconteceram ele foi a um outro nível, por isso é um ato louvável e digno de admiração”, afirma o major da Polícia Militar Marcos Boldrin.
Renato voltou ao trabalho há seis meses. Por causa das lesões, ele não poderá mais trabalhar em operações, só no administrativo da polícia.
“Com as sequelas eu perdi 40% da funcionabilidade do braço, 75% da perna direita e 50% da coluna. Mas, se voltasse aquele tempo, se voltasse aquele minuto faria tudo de novo, com a mesma intensidade”, finaliza.
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