A mãe da bebê de nove meses que morreu após ser estuprada falou pela primeira vez com a imprensa na noite de quinta-feira (30), quando estava na delegacia de Soledade, esperando o seu companheiro Francisco Fagner de Lucena, 27 anos, prestar depoimento ao delegado Durval Barros.
Segundo a dona de casa Ana Graziele Lucena, 32, ela não percebeu nada de errado com a sua filha. O exame cadavérico realizado detectou até a presença de esperma nas partes íntimas da menina e agora o material genético vai ser comparado.
“Eu não percebi nada de diferente, nada, nada. Quando ela passou mal na lanchonete, ela começou a revirar os olhos. Uma mulher pegou nela e disse que ela estava com febre. Aí nós levamos ela para o hospital e acabou dando nisso”, comentou a mãe.
O delegado do caso, Durval Barros, acredita que Ana está querendo acoberta o crime de estupro que possivelmente foi cometido pelo pai da criança. “Os dois foram presos. Agora uma mãe dizer que não percebeu nada, isso sendo recente? E a mãe ainda tem coragem de dizer que não aconteceu nada? Ela está querendo acobertar tudo”, afirmou o delegado.
Os pais da bebê foram presos na quinta-feira (30), em Soledade, e encaminhados para o sistema prisional de João Pessoa. O pai foi levado para a Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, e a mãe, para o Centro de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão.
O caso provocou revolta na população paraibana e uma multidão foi para a frente da delegacia ainda na noite da quinta-feira para protestar e pedir a punição dos suspeitos. A bebê morreu no Hospital Municipal de Soledade após dar entrada com febre alta e crise convulsiva na noite de quarta-feira (29).
O médico que a atendeu acionou a polícia ao perceber que a criança apresentava lesões nas partes íntimas, suspeitando de que ela havia sido vítima de estupro. Após realizar os exames, o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Campina Grande detectou que a criança havia sido estuprada.
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