Ser sexy e feliz na cama não tem a ver com seu tipo de corpo, diz pesquisas
Do que você precisa para ter satisfação sexual? E o que faz você se sentir atraído por alguém? Ter um corpo dentro dos padrões de beleza convencionais não aparece entre as principais respostas da maioria das pessoas para nenhuma das perguntas, de acordo com Ana Canosa, apresentadora do podcast Sexoterapia. Segundo a sexóloga, os estudos mostram que, para a primeira questão, sobre satisfação sexual, as principais características pessoais citadas são: autonomia, autoestima e empatia. Para a segunda, sobre atração, em primeiro lugar estão a personalidade e o carisma (60%), em segundo o psiquismo (30%), e por último vem a aparência (10%). Veja a discussão completa no vídeo abaixo:
Por que, então, nos preocupamos tanto em ter um corpo considerado padrão, em nos “encaixar”? A resposta, segundo Ana, tem relação com a nossa autoestima, que é uma avaliação subjetiva que vamos construindo de nós mesmos a partir da infância. Ela explica que essa autoavaliação é criada a partir das características que nos são atribuídas, sejam comportamentais (inteligente, divertida, simpática), sejam físicas (baixinho, gordo, magrelo). “Estas últimas vão tornando as pessoas prisioneiras de um estigma corporal.”
Bonita de corpo
Foi assim com a influenciadora digital Bia Gremion, 23. Ela foi uma criança gorda e nunca teve um corpo padrão, e por isso sofreu todo tipo de bullying vindo de colegas, familiares e desconhecidos. Bia conta que cresceu com a sensação de não pertencimento, achava que tinha alguma coisa errada com seu corpo, que ele precisava ser consertado.
Após percorrer um árduo caminho de desconstrução, a hoje modelo plus size conseguiu fazer as pazes com seu corpo, com seus relacionamentos e com sua sexualidade, em uma espécie de ciclo virtuoso pouco explorado pelas pesquisas. “Os estudos que investigam a relação entre autoestima e sexualidade sempre vão para a influência negativa de uma sobre a outra. Ninguém fala sobre a autoestima como resultado de experiências sexuais satisfatórias”, afirma. “O sexo de forma positiva e saudável realmente mudou a minha vida. Me fez entender que não tem nada de errado no meu corpo, que sou gostosa, sou bonita, que vou ser desejada e não preciso ficar refém de um relacionamento ruim.”
Universa – UOL
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