Após motim, diretor de presídio pede exoneração
O diretor do presídio Rogério Coutinho Madruga, Osvaldo Júnior Rossato, pediu para sair. A solicitação para a exoneração foi entregue ontem (17) à secretária de Segurança, Kalina Leite, que responde interinamente pela Secretaria de Justiça e Cidadania. Segundo Rossato, a saída não tem ligação com pressão por parte dos presos.
A justificativa para o pedido de saída foi a recente rebelião na unidade que, segundo Osvaldo Júnior Rossato, teria ocorrido por influência de representantes da OAB e dos Direitos Humanos junto aos presos. Além disso, o diretor da unidade também afirmou que foram feitas promessas aos detentos sem prévio acordo com agentes penitenciários e a direção da unidade.
A carta de renúncia foi apresentada à secretária nesta terça-feira (17). Segundo Rossato, os representantes da OAB-RN teriam feito promessas aos presos, sem antes informar à direção da unidade. "Na data de 17 de março de 2015 eles adentraram o presídio e foram falar com os apenados que estavam no banho de sol. Após a visita, os presos se rebelaram, sendo necessária a intervenção da tropa de choque e do GOE para conter o motim. Motim que não existia até a visita desta comissão", diz Rossato na carta entregue a Kalina Leite.
Sobre a possibilidade de que pressões dos presos tivessem contribuído para o pedido de exoneração, Osvaldo Júnior Rossato garante que a hipótese é descabida. "Por pressão de presos eu não sairia nunca. Não sairia mesmo. A verdade é que a situação passou do meu controle porque há pessoas interferindo na minha administração", garantiu.
Segundo o diretor da unidade, ele continuará no cargo até a indicação do substituto, mas sua decisão é irrevogável.
A OAB vai se pronunciar sobre este caso em coletiva de imprensa às 14h30, na sede da Seccional Potiguar.
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