A manifestação anti-Dilma na Avenida Paulista, em São Paulo, reúne mais de um milhão de pessoas, segundo números da Polícia Militar às 15h05m, e é a maior do país. A maioria dos manifestantes veste camisetas nas cores verde, amarela e azul – cores da bandeira do Brasil – e exibe rostos pintados.
Muitos seguram bandeiras, vuvuzelas, cartazes e faixas de repúdio à corrupção com as palavras “Basta”, “Vem pra Rua”, “Fora Dilma”, “Vamos Dar Um basta Nisso” e usam nariz de palhaço. O ato segue pacífico e reúne jovens, idosos e famílias com crianças.
Segundo O Globo, às 14h40, a contagem da PM informava 240 mil pessoas. Uma nova atualização da corporação, às 15h05m, diz que chega a 580 mil o número de manifestantes. Muitas pessoas estão se dirigindo para a Paulista.
O ato foi convocado pelas redes sociais. Na sexta-feira, a avenida foi palco de um ato para defender a Petrobras, uma reforma política, a manutenção de direitos trabalhistas e de apoio ao governo Dilma. O público de sexta-feira, segundo a Polícia Militar, foi de 12 mil e 100 mil segundo os organizadores.
Uma manifestante resolveu tirar a blusa para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff. A empresária Juliana Isen, 36 anos, fez topless em plena a Avenida Paulista e gritou aos que passam pela via: "O que a gente quer é ser livre, sem corrupção". A mulher ainda tentou tirar fotos abraçada com policiais.
O Movimento Brasil Livre (MBL), que quer o impeachment da presidente Dilma Rousseff, organizou uma fila para pessoas interessadas em participar de um abaixo-assinado para retirar a presidente do poder. Também vendem camisetas com o símbolo do grupo ou com a frase "Fora PT" por R$ 40.
O movimento gravou uma música para o protesto no estilo rock anos 80, que lembra o tema de abertura dos seriados japoneses de super heróis, como Power Rangers. A letra diz: "Impeachment! Não tem como fugir. Impeachment! Pede pra sair. Impeachment pra salvar a nação. Impeachment tá na Constituição".
O partido Solidariedade, liderado pelo deputado federal Paulinho da Força, também montou uma barraca na esquina da avenida Paulista com a rua Augusta para recolher assinaturas pró-impeachment da presidente.
A concentração começou de manhã, no vão livre do Masp, com 9 mil pessoas. Aberta todos os domingos em vários bairros da cidade, a ciclofaixa teve seu trecho na Avenida Paulista desmontada. O protesto foi oportunidade também para os camelôs. Muitos ambulantes aproveitaram o ato para vender faixas, bandeiras do Brasil e apito.
Os comércios estão com as portas abertas. Quarenta caminhões fazem um buzinaço na região. Os caminhoneiros estacionaram os veículos na Avenida Rebouças, uma das principais da capital. O trânsito foi interrompido.
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