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Caso Rhuan Maycon completa um mês: 'Nunca vi nada parecido', diz delegado do DF

Com quase 20 anos de profissão, investigador afirma que se julgava forte em relação aos casos policiais. Mãe do menino esquartejado e companheira dela estão presas.

O menino assassinado pela mãe e a companheira dela — Foto: Reprodução/TV Globo

Nesta segunda-feira (1º), um mês após a morte do menino Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos, o delegado que investigou o crime afirma que "nunca viu algo parecido". O garoto foi assassinado e esquartejado pela própria mãe e pela companheira dela, na madrugada de 1º de junho em Samambaia, no Distrito Federal.

Com quase 20 anos de profissão, o policial Guilherme Sousa Melo, da 26ª Delegacia de Polícia, disse ao G1 que antes do crime se julgava forte em relação aos casos policiais. No entanto, reconhece ter ficado comovido com o homicídio.

"Fui bombeiro por 12 anos. Vi muita tragédia humana. Mas para casos envolvendo criança, a gente não é blindado."
 Delegado Guilherme Sousa Melo, da 26ª Delegacia de Polícia, em Samambia investigou caso Rhuan Maycon — Foto: TV Globo/ Reprodução
Delegado Guilherme Sousa Melo, da 26ª Delegacia de Polícia, em Samambia investigou caso Rhuan Maycon — Foto: TV Globo/ Reprodução
O pequeno Rhuan Maycon foi morto pela mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, de 27 anos, e pela companheira dela, Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa, de 28 anos. Segundo as investigações, após a morte do menino, as duas jogaram partes do corpo em um bueiro da região.
Durante onze dias, Guilherme Sousa Melo buscou esclarecer as circunstâncias do crime. O policial viajou para Rio Branco, no Acre, onde procurou saber sobre a vida das duas mulheres, antes delas se mudarem para o Distrito Federal.

"A morte seria uma vingança. A mãe disse que sentia ódio e nenhum amor pela criança."
 Mulheres acusadas de matar e esquartejar menino de 9 anos no DF  — Foto: Divulgação PC/DF
De acordo com a Sesipe, as mulheres foram colocadas em locais diferentes por determinação dos setores de segurança da penitenciária feminina. Segundo a pasta o casal tem um "bom comportamento na unidade prisional, obedecendo às regras disciplinares e de segurança".
Rosana Auri e Kacyla Pryscila, não fazem nenhuma atividade no presídio, mas têm acesso a livros para leitura.

Justiça

No dia 21 de junho, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) recebeu denúncia contra Rosana Auri da Silva Cândido e Kacyla Pryscila Santiago Damasceno Pessoa. As duas viraram rés e vão responder por homicídio qualificado, lesão corporal gravíssima, tortura, ocultação e destruição de cadáver, e fraude processual.

O juiz decretou que o processo corra em segredo de Justiça, para preservar a intimidade dos menores envolvidos. Uma menina de 8 anos, filha de Kacyla, vivia com o casal e presenciou o crime.

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