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RN: O CASAMENTO ENTRE O PSL E O SOLIDARIEDADE CONSEGUE DESAGRADAR A PROGRESSISTAS E CONSERVADORES, AO MESMO TEMPO

Por Erick Guerra – O Caçador
Se, igual ao futebol, a política pode ser uma “caixinha de surpresas”, a cartolagem também é um show à parte nos dois casos. À portas fechadas, o Deputado Estadual Kelps Lima ( Presidente Estadual do SOLIDARIEDADE) e o Dr Daniel Sampaio (Presidente Estadual do PSL) decidiram fazer uma aliança política unindo seus Partidos nas eleições 2020 e anunciaram a negociata soltando fogos. Só esqueceram de um detalhe: combinar o esdrúxulo matrimônio com seus próprios filiados. O resultado é que, nas duas legendas, a base rachou.
O Partido SOLIDARIEDADE é a sigla partidária da Força Sindical, a enorme federação de Sindicatos comandada pelo notório líder antibolsonaro Deputado Federal Paulinho da Força – cartola tanto da legenda politica, como da entidade sindical. Trata-se de um grupo político de Esquerda com pretensões de ser reconhecido como “Centrão”… Sua militância intenta, simplesmente, o fim do Governo Bolsonaro e o estrangulamento do Conservadorismo como expressão social e política no Brasil.
Já o PSL, até pouco tempo, era considerado o “Partido de Bolsonaro”. Isso, por si só, já coloca a sigla no campo adversário da Força Sindical e do SOLIDARIEDADE. Mesmo tendo sido abandonado pelo Clã Bolsonaro e milhares de seguidores do “Mito”, o Partido ainda desfruta da reputação de comungar com o conservadorismo – até que se prove o contrário. É que devido às baixarias que envolveram a saída de Jair Bolsonaro dessa legenda, o PSL passou a ser apontado nacionalmente como o “Partido dos Traidores” que, supostamente, praticam a “velha política” sob o disfarce de bolsonarismo.
A imagem negativa e recente do PSL, obviamente, merece um desconto: há ainda na sigla uma quantidade de bolsonaristas legítimos que “desobedeceu” às orientações do próprio Bolsonaro e permaneceu na legenda, com justificativas variadas, que não soam plausíveis aos ouvidos dos “Aliancistas” (os que desfiliaram-se para formar o Partido Aliança pelo Brasil). Independentemente das diferenças, tanto os Aliancistas como os bolsonaristas “acomodados” do PSL consideram inadmissível “namorar com a Esquerda”. Tal atitude é traição, sob o prisma íntegro dos Patriotas.
Então, já se vê o tamanho da cizânia, quando Kelps Lima e Daniel Sampaio, agindo como autênticos cartolas da velha política, decidiram “na camarinha” unir os inconciliáveis filiados de seus Partidos para “caminharem juntos”. Quem concorda diz: “a política é suja mesmo, tem que dançar conforme a música”.
Mas há os que não concordam em entrar nessa pocilga: nas redes sociais, o acordo afrontoso às ideologias supostamente defendidas pelos Partidos envolvidos está sendo amplamente repudiado por militantes e lideranças dos dois lados. Há notícias de desfiliações indignadas.
Em Mossoró, o Deputado Estadual Allysson Bezerra e o SD Jadson (lideranças do SOLIDARIEDADE) anunciaram um motim: não aceitam o Dr Daniel Sampaio como pré- candidato Prefeito de Mossoró – posição pretendida pelo próprio Alysson. Em Brasília, o Deputado Federal General Girão afirmou não apoiar a tal aliança política e, inclusive, oficialmente declarou retirar seu apoio a qualquer pré-candidato, revogando qualquer declaração anterior em contrário (o que remete também a Daniel Sampaio, ex-aliado próximo do General).
Claramente, a decisão autocrática dos companheiros Kelps e Sampaio resultou num grande desgaste político para os dois. A dupla conseguiu tirar as legendas que comandam do rol das opções sérias para o eleitorado: todo mundo sabe que não se pode confiar nas promessas de quem fala mal da Esquerda e enrola-se numa Bandeira Vermelha ou (no campo oposto) critica o “Bozo” mas empodera “Bolsominions”.
As máscaras estão caindo.


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