Ex-prefeito morto no RN teria sofrido ameaças de presidiário, diz delegado
Assassinado a tiros na manhã deste domingo (19), o ex-prefeito de Umarizal Marcos Fernandes, de 50 anos, estaria recebendo ameaças de morte de um presidiário detido na Grande Natal. A informação foi confirmada ao G1 pelo delegado regional Sandro Régis, presidente do inquérito que investiga o crime.
"Vamos ouvir os familiares dele. Primeiro, queremos confirmar se essas ameaças eram reais e, caso positivo, saber como eram feitas e qual o teor delas", disse Régis. Ainda de acordo com o delegado, esta é apenas uma das linhas de investigação. "Não podemos descartar nada", acrescentou.
Marcos disputou a reeleição em 2016 pelo PSD, mas perdeu a campanha. Ele obteve 3.125 votos (42,67%). Elijane Paiva (DEM), que conquistou 4.089 votos (55,83%), foi eleita prefeita da cidade. Juarez Moura (PRP) ficou em terceiro na disputa com 110 votos (1,50%).
Execução
Para o delegado, certo mesmo até o momento é que o ex-prefeito foi executado. "O crime tem características de execução. Ele foi morto dentro de um restaurante onde também funciona uma casa de jogos de carteado. Isso é muito comum aqui no interior. Dois homens chegaram lá e atiraram nele à queima-roupa. Foram vários tiros", ressaltou Marcos Régis. Após os disparos, a dupla fugiu. A PM foi chamada e fez buscas pelos criminosos, mas nenhum suspeito foi encontrado.
Testemunhas
Ainda de acordo com o delegado, seis pessoas estavam na casa de jogos no momento do crime. Todas elas, segundo Sandro Régis, já foram intimadas e deverão ser ouvidas ao longo da semana. "Em seguida, vamos ouvir os parentes do ex-prefeito", revelou.
Câmeras
"Os dois assassinos estavam de capacete. Isso dificulta muito a identificação deles. Estamos tentando ver se alguma casa próxima, ou mesmo algum estabelecimento comercial da região, tem alguma câmera instalada. Isso pode nos ajudar", disse o delegado Sandro Régis.
Carnaval cancelado
Em razão da morte do ex-prefeito da cidade, o carnaval de rua em Umarizal foi cancelado. A informação foi confirmada por um dos coordenadores do evento, Marcos Paulo. “Não há mais clima na cidade”, lamentou. O carnaval aconteceria de 25 a 27 de fevereiro e contava com o apoio da prefeitura na iluminação e segurança.
Segundo Paulo, o clima é tenso na cidade. “A família do ex-prefeito é daqui, ele era muito querido”, explicou. Ainda segundo Paulo, o carnaval aconteceria com doações e investimento privado e custaria cerca de 5 mil reais.
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