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Emparn registra chuvas em 96 cidades; Em Assu, enxurrada leva calçamento e água invade casas

O fim de semana foi de chuva em pelo menos 96 municípios do Rio Grande do Norte, a maior parte deles na região Oeste – uma das que mais sofre com a seca. A estiagem, que já dura seis anos consecutivos, é considerada a mais severa de todos os tempos no estado.
Em Ipanguaçu, onde mais choveu, a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) registrou 117,5 milímetros. Em Assu, na mesma região, as chuvas também passaram dos 100 milímetros. Lá, houve enxurrada e parte do calçamento de uma rua foi levada pela força das águas. Casas também ficaram inundadas, causando danos e prejuízo aos moradores. Em uma das residências, a fachada desmoronou. Ninguém ficou ferido.
Gildo Flávio, de 32 anos, é vendedor. A casa dele foi uma das invadidas pela água da chuva. Com ele moram a mãe e a esposa. A lama danificou aparelhos, móveis, além de deixar paredes e o chão sujos. “Não calculei ainda o prejuízo, mas perdemos tudo. Perdi os móveis, a feira, roupas”, contou.
Várias pessoas se juntaram à família de Gildo para tentar escoar a água. “A sorte é que meu irmão, que mora em outra cidade, estava aqui. Foi preciso derrubar o muro para fazer com que a água saísse do terreno. A gente agora tem medo de um galpão que tem atrás da casa, que está comprometido, dele cair em cima da nossa casa”, acrescentou.
Na rua Clara Macedo, mais conhecida como rua da Boeira, a força da correnteza foi tão grande que arrancou parte do calçamento. “Todo mundo ficou com medo”, disse Denise Noronha de Melo, moradora que filmou a enxurrada.
As chuvas foram registradas entre as 7h da sexta (19) e as 7h desta segunda (22). Confira a lista das cidades por região:

Região Oeste

  • 1. Ipanguaçu: 117,5mm
  • 2. Assu: 108,7mm
  • 3. Frutuoso Gomes: 90mm
  • 4. Pilões: 76,8mm
  • 5. Itajá: 64,5mm
  • 6. Parau: 58,5mm
  • 7. Lucrécia: 50mm
  • 8. Marcelino Vieira: 50mm
  • 9. Riacho de Santana: 49,0mm
  • 10. Serrinha dos Pintos: 47mm
  • 11. Caraúbas: 44mm
  • 12. São Francisco do Oeste: 38,7mm
  • 13. Martins: 37,3mm
  • 14. Upanema: 34,4mm
  • 15. São Rafael: 33mm
  • 16. Francisco Dantas: 32mm
  • 17. Patu: 32mm
  • 18. São Rafael: 30,4mm
  • 19. Venha Ver: 30mm
  • 20. Alto do Rodrigues: 27mm
  • 21. Portalegre: 26,3mm
  • 22. José da Penha: 24,2mm
  • 23. Rafael Fernandes: 24,2mm
  • 24. Água Nova: 20,3mm
  • 25. Alto do Rodrigues: 19,2mm
  • 26. Messias Targino: 19mm
  • 27. Rodolfo Fernandes: 18mm
  • 28. Rafael Godeiro: 17,7mm
  • 29. Campo Grande: 16,8mm
  • 30. Felipe Guerra: 16mm
  • 31. Doutor Severiano: 14,8mm
  • 32. Pau dos Ferros: 12mm
  • 33. Umarizal: 12mm
  • 34. Campo Grande: 11,2mm
  • 35. Janduís: 11,2mm
  • 36. Apodi: 10mm
  • 37. Itaú: 9mm
  • 38. Apodi: 8,3mm
  • 39. São Miguel: 8mm
  • 40. Severiano Melo: 8mm
  • 41. Major Sales: 6,7mm
  • 42. Olho D’água do Borges: 5,1mm
  • 43. Paraná: 4mm
  • 44. Areia Branca: 3,5mm
  • 45. Tenente Ananias: 2mm
  • 46. Viçosa: 2mm
  • 47. Alexandria: 1mm
  • 48. Jucurutu: 1mm

Região Central

  • 1. Angicos: 64,2mm
  • 2. Jardim do Seridó: 45,4mm
  • 3. Parelhas: 14,2mm
  • 4. Ouro Branco: 14mm
  • 5. Lajes: 12,3mm
  • 6. Fernando Pedroza: 11mm
  • 7. Florânia: 9,4mm
  • 8. Pedro Avelino: 9,2mm
  • 9. Carnaúba dos Dantas: 8mm
  • 10. São Vicente: 6mm
  • 11. Equador: 5,6mm
  • 12. São Bento do Norte: 4mm
  • 13. Caicó: 3mm
  • 14. Jardim de Angicos: 3mm
  • 15. São João do Sabugi: 3mm
  • 16. São José do Seridó: 3mm
  • 17. São Fernando: 2,3mm
  • 18. Cruzeta: 1,8mm
  • 19. Acari: 0,7mm

Região Agreste

  • 1. Santa Cruz: 54mm
  • 2. Monte Alegre: 40mm
  • 3. Parazinho: 36,9mm
  • 4. Rui Barbosa: 36,4mm
  • 5. Ielmo Marinho: 19mm
  • 6. Coronel Ezequiel: 15,5mm
  • 7. Jaçanã: 11mm
  • 8. Bom Jesus: 8,7mm
  • 9. Monte das Gameleiras: 7mm
  • 10. Santo Antônio: 5,8mm
  • 11. Barcelona: 5,6mm
  • 12. São Bento do Trairi: 4mm
  • 13. Sítio Novo: 2mm
  • 14. Serrinha: 1,8mm
  • 15. São Pedro: 1,5mm

Região Leste

  • 1. Pedra Grande: 86,1mm
  • 2. Senador Georgino Avelino: 50,4mm
  • 3. Canguaretama: 43,3mm
  • 4. Parnamirim: 33,6mm
  • 5. Natal: 32,9mm
  • 6. São Gonçalo do Amarante: 18,2mm
  • 7. Goianinha: 17,7mm
  • 8. Montanhas: 17,1mm
  • 9. Extremoz: 14,1mm
  • 10. Ceará-Mirim: 12mm
  • 11. Baía Formosa: 11,7mm
  • 12. Pureza: 7mm
  • 13. Taipu: 5mm
  • 14. Maxaranguape: 2mm

Esperança

As previsões para 2018 são um alento, mas não garantias. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), o estado deve ter chuvas acima da média a partir de março, mas nada suficiente para encher os grandes reservatórios.
Por Anderson Barbosa e Rafael Barbosa, G1 RN – Foto: Denise Noronha de Melo

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