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“Estou feliz”, diz homem que pode ter sido curado de câncer terminal

Aposentado de 64 anos passou por tratamento inédito no Hospital das Clínicas da USP; médicos dizem que paciente já não tem sinais do tumor

Vamberto Castro comemora resultados do tratamento

“Estou muito feliz e alegre”, desabafou o aposentado Vamberto Luiz de Castro, de 64 anos, que conseguiu se ver livre dos sintomas de um câncer terminal, ao passar por um tratamento inédito na América Latina.

Após mais de 30 dias internado no Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), em Ribeirão Preto, no interior paulista, o ex-funcionário público recebeu alta médica e desembarcou, neste fim de semana, em Belo Horizonte, onde mora com a família.

Castro lutava desde 2017 contra um linfoma, que é um tipo de câncer que afeta as células de defesa do organismo. De acordo com a universidade, ele já havia passado por tratamentos de radioterapia e quimioterapia, mas sem sucesso. No início do mês de setembro, o paciente foi internado na unidade de saúde, magro, com dores nos ossos e usando dose máxima de morfina para conter a dor.

Médicos pesquisadores da universidade decidiram testar em Castro o tratamento conhecido como Car T-Cell, que é baseado em células geneticamente modificadas. Segundo o médico Renato Cunha, a técnica que já é usada nos Estados Unidos, apresentou resultados positivos no paciente. Castro continuará fazendo acompanhamento com especialistas nos próximos meses para atestar o fim da doença.

— Nesse momento, ele é um paciente que não tem nenhum sintoma de tumor. Se essa remissão se perpetuar, aí sim, a gente vai dizer que ele está curado.

No desembarque em Belo Horizonte, o aposentado relatou ao jornalismo da Record TV Minas que ainda se sente cansado. Mesmo assim, já comemora o tratamento. Para o filho Pedro Augusto Castro, o sentimento do momento é de gratidão.

— Eu estou muito orgulhoso dele por ter enfrentado tudo isso, da minha mãe por ter largado tudo para ficar confinada com ele esse tempo todo e do trabalho dos médicos que nos receberam como se fôssemos da família.
De acordo com a USP, novos testes serão feitos com o tratamento para que ele seja certificado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A expectativa é de que 10 pacientes atendidos pelo Sus (Sistema Único de Saúde) passem pela terapia nos próximos seis meses.



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