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TRAZENDO À MEMÓRIA O QUE ME TRAZ ESPERANÇA





(CA) Lamentações 3.21 – “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”.

(CR) Lamentações 3.21 – “Disto me recordarei no meu coração; por isso tenho esperança”.

Introdução: Jeremias recebeu de Deus as seguintes palavras: “Antes de formar-te no ventre, eu te conheci, e antes de saíres da madre, eu te santifiquei. Eu te constituí profeta para as nações.” (Jeremias 1.2-5). No início da chamada se achou incapaz (Jeremias 1.6), porém se tornou intrépido e firme durante seu ministério profético.

Jeremias era pesquisador, historiador além de profeta.

Escreveu o livro que leva seu nome e também se credita a ele, em geral, a escrita dos livros de Primeiro e Segundo Reis, abrangendo a história de ambos os reinos (Judá e Israel).

Jeremias tinha a fama de amoroso, atencioso e compassivo. Liderança e perseverança eram algumas de suas marcas.

Entristeceu-se muito com a conduta do seu povo e com os julgamentos que este sofreu. — (Jeremias 8.21 - Estou quebrantado pela ferida da filha do meu povo; ando de luto; o espanto se apoderou de mim.).

Jeremias (heb. Lit. “o senhor exalta” ou “o Senhor solta [o ventre] ministrou durante quarenta anos.

Profetizou durante o reinado de cinco reis: Josias, Jeocaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. O livro de lamentações foi escrito no final do seu ministério.

A Assíria tinha deixado de ser o poder mundial dominante. A Babilônia e o Egito lutavam pelo controle do mundo de sua época.

Nabucodonosor, rei da Babilônia, destruiu quase que completamente Judá inclusive a capital Jerusalém e o Templo.

Propósito do seu escrito: como manter a fé em Deus em meio a uma catástrofe.

Lamentações é um lamento pelo que foi perdido. Jeremias chorou porque reconheceu o pecado do povo e a justiça de Deus ao exercer o juízo.

Como Jeremias conseguiu ter sucesso no seu ministério? Qual o seu posicionamento ante as controvérsias em que viveu?

Talvez a resposta seja o que está escrito no versículo que lemos no início: Quero trazer à memória "o que me pode dar” esperança.

Vejamos o que dizem os estudiosos a respeito da memória:

I. Eu não controlo o que registro em minha memória – é involuntário.
1. Eu não posso simplesmente excluir uma pessoa ou acontecimento da minha memória – “não vou mais pensar nisso”. Não é simples assim.

2. Quanto mais tentarmos esquecer mais se tornará forte em nossa mente.

3. O registro é automático não depende da nossa vontade. No computador é só deletar (apagar) – um comando apenas basta.

4. No ser humano, o registro é involuntário, realizado pelo fenômeno RAM (registro automático de memória).

5. Os registros podem ser: reação ansiosa, momento de solidão, período de insegurança, ou seja, acontecimentos diversos.

Importantíssimo! Alguém disse: podemos plantar flores no secreto do nosso ser ou acumularmos entulho – lixo.

II. A emoção que coloco no registro desses acontecimentos demonstra sua qualidade.
1. Quanto mais forte a carga emocional envolvida em uma experiência o registro em nossa memória será mais evidente.

2. As experiências primeiramente são registradas na MUC (Memória de Uso Contínuo) – atividades diárias – memória consciente – são lidas diariamente.

3. Depois de algum tempo vai para a ME (Memória Existencial).

4. O pregador nervoso que não consegue falar o que queria – foi registrada na MUC – gerando uma série de pensamentos angustiante – não foi para a ME.

Importante!
a) Uma crítica mal trabalhada pode romper uma amizade.
b) Uma discriminação sofrida pode encarcerar uma vida.
c) Uma decepção afetiva pode gerar intensa insegurança.
d) As “brincadeiras de escolas” hoje conhecidas como Bullying, onde alguns alunos são chamados por apelidos pejorativos, agressões verbais e/ou física, podem gerar graves conflitos.

Importante! Alguém disse: Ninguém pode comprometer o meu futuro se eu não autorizar.

III. Os registros na memória não podem ser totalmente apagados, porém, substituídos.
1. Não há como apagar nossos conflitos ou pessoas que nos machucaram, nem os momentos mais difíceis.

O que fazer então?
2. Trazer a memória o que nos traz esperança.
a) Como se estivéssemos reeditando o filme do inconsciente.
b) Filipenses 4.8 - Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
c) Colossenses 3.2 - Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;

3. Exemplos de lembranças que nos traz esperança:
a) Lamentações 3.21-24 - Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. (22) As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; (23) Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. (24) A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele.
b) Salmo 103.2-4,8-12,14 - (2) Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. (3) Ele é o que perdoa todas as tuas iniquidades, que sara todas as tuas enfermidades, (4) Que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e de misericórdia, (8) Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade. (9) Não reprovará perpetuamente, nem para sempre reterá a sua ira. (10) Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos recompensou segundo as nossas iniquidades. (11) Pois assim como o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. (12) Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. (13) Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem. (14) Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.

c) 2 Timóteo 2.13 - Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo
d) A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. (v.24).

e) Lamentações 3.25 - Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca. “Deus está em toda a parte, mas o homem somente o encontra onde o busca”.

Conclusão: fomos criados para viver no amor e na alegria dos relacionamentos harmoniosos, livres da discórdia, da confusão e da mágoa. Deus quer que vivamos em paz com os nossos irmãos longe de divisões, diz Joice Meyer em seu livro Mentes Tranquilas Almas Felizes. E ela completa, “essa verdade escapa à maioria”.

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