Agentes apreendem revólver, armas brancas e celulares em Alcaçuz
Os agentes penitenciários da força tarefa federal e os policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) encontraram um revólver e uma grande quantidade de armas brancas, hoje (27), durante uma operação de retomada e controle dos pavilhões 4 e 5 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Natal (RN), controlados por detentos de uma facção criminosa.
Após o início da operação, 120 presos foram encaminhados para autuação na delegacia móvel, instalada pela Polícia Civil no local. De acordo com o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Marco Antônio Severo, esses presos portavam material ilícito. “Foram localizados um revólver calibre 38, cerca de 30 celulares, drogas e armas brancas”, relatou.
Batizada de Phoenix, a operação foi desencadeada logo no início da manhã e marcou o início dos trabalhos da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária no estado. Além de retomar o controle nos pavilhões 4 e 5, comandado por presos pertencentes ao Primeiro Comando da Capital (PCC), a ação também mobilizou os detentos dos pavilhões 1, 2 e 3, onde estão integrantes do Sindicato do RN, para auxiliar na reconstrução da unidade prisional, recolhendo escombros.
Por volta das 9h, os policiais retiraram as bandeiras das facções criminosas e hastearam as bandeiras do Brasil e do Rio Grande do Norte. Veículos com materiais de construção para a reforma da unidade também começaram a chegar ao local. Os integrantes do GOE já deixaram Alcaçuz que permanece ocupada pelos agentes da força federal.
A força tarefa foi criada pelo Ministério da Justiça em meio à série de rebeliões e mortes ocorridas em prisões brasileiras. Na quinta-feira (25), um grupo de 78 agentes penitenciários chegou ao Rio Grande do Norte para auxiliar nos trabalhos de retomada e controle da penitenciária. Os agentes vêm do Rio de Janeiro, do Ceará, de São Paulo e do Distrito Federal e devem permanecer no estado por 30 dias.
Alcaçuz foi palco no dia 14 de janeiro de uma rebelião que resultou em 26 mortes. O motim foi causado pelo confronto entre duas facções criminosas rivais. A Secretaria de Justiça e Cidadania informou que irá divulgar no início da tarde um balanço da operação.
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